Duas guairenses morrem com suspeita de dengue

Geral
Guaíra, 7 de janeiro de 2016 - 16h15

Uma das mulheres faleceu nesta última terça-feira (5) e a outra no dia 27 de dezembro de 2015. Os números de 2015 ultrapassaram mais de mil casos positivos e o ano de 2016 já teve início com mais de 80 notificações

 

A Secretaria de Saúde do município realizou coletiva de imprensa na tarde de ontem, 06, para comunicar à população que, entre dezembro e janeiro, duas mulheres morreram e seus exames confirmaram que estavam com dengue.

Ainda não há confirmação de que a doença foi a causa do óbito de ambas, mas a secretaria e a vigilância em saúde já estão alertando os guairenses para que conscientizem na prevenção do mosquito Aedes Aegypti. Uma das guairenses faleceu nesta última terça-feira (5) e a outra no dia 27 de dezembro de 2015. Seus nomes não foram informados por consideração às famílias. “A causa da morte ainda está sendo investigada, mas não foi dengue hemorrágica. Uma das pacientes já idosa, com algumas complicações de saúde. E também uma moça de 31 anos, positivo para dengue. Todo o material foi coletado e enviado em São Paulo para investigação”, afirmou a secretária de saúde, Jussara Soler.

A vigilância declarou que o ano passado foram confirmados 1.191 casos, mas ainda há 217 suspeitos, aguardando o resultados dos exames, ou que não foram realizá-los. Já neste início de 2016, são 85 notificações ainda não confirmadas, baseadas nos sintomas. Estes números não englobam pacientes que não fizeram exames, ou que realizaram hemogramas nos laboratórios particulares.

Há informações de que uma munícipe acabou perdendo seu bebê no oitavo mês de gestação, por consequência de ter adquirido dengue duas vezes durante a gravidez. A secretaria de saúde não soube confirmar se o caso é verídico, pois afirmou ser pouco provável obter a doença duas vezes em tão pouco tempo.

 

Arrastão da dengue

A vigilância em saúde contou que a ação de combate ao mosquito já foi iniciada. “O arrastão da dengue já foi feito nos Bairros Reynaldo Stein, Eldorado, Nádia I, II, III, Jardim Alegria, Bom Jesus, Cidade Jardim, e na parte do Centro e a baixada (Vivendas). Estamos terminando o Portal do Lago e começaremos a partir da rua 12 até a 26, depois toda a região do Aniceto (bairros arredores), enquanto outra equipe faz o José Flores, Vila Parecida, Cohab II, Mutirão, João Vacaro e fechando o Palmares, Muraishi, Nobre Ville e o Residencial marina. Estes últimos provavelmente serão realizados a partir da semana que vem”, ressaltou o diretor.

Ao ser questionada sobre o horário da ação, que acontece somente entre 7h e 13h, o secretaria de saúde informou que eles aderiram ao expediente especial da prefeitura, independente de ser setor administrativo ou não.

O problema com os terrenos que possuem grande quantidade de mato e lixos também foi levantado durante a reunião, já que a prefeitura realizou trabalho de roçagem no final do ano, mas alguns lugares não entraram na lista. Os fundos da Unidade Básica de Saúde do Jardim Eliza é um exemplo, já que há muito matagal e há grande risco de proliferação de insetos próximo ao postinho.

Jussara destacou que se não houver colaboração dos guairenses com a prevenção do mosquito, não há como evitar a doença. “Sem a participação efetiva da população, Guaíra ou qualquer cidade que seja, não consegue vencer a infestação do mosquito. Por isso várias atividades de orientação e conscientização já são realizadas”.

De acordo com a prefeitura, uma dificuldade enfrentada pelas as equipes de combate à dengue é a recusa dos munícipes em abrirem suas portas.

 

Nebulização

A secretária de saúde ainda respondeu que somente haverá a nebulização após o encerramento do arrastão. “Para poder fazer uma nebulização nós temos que eliminar os criadouros e Guaíra tem tantos que decidimos realizar um arrastão o mais rápido possível para recebermos do Estado o veneno”, expôs Jussara.

De acordo com a vigilância, houve uma nebulização em agosto de 2015, em alguns locais com grande quantidade de focos, apesar do desconhecimento da imprensa e dos moradores. A última feita pela Sucen foi no ano de 2013, pela cidade inteira.

“O veneno só controla o mosquito adulto. Os ovos e larvas sobrevivem e dão início a uma nova geração de vetores. Por isso é necessário uma mega operação de limpeza. Retirar os inservíveis ou inviabilizar os criadouros fixos, com higienização e tratamento”, concluiu a secretária.



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