Enquanto discursava protegido por guarda-chuvas de ovos, que eram atirados na direção do seu palanque, em São Miguel do Oeste (SC), na noite de domingo (25), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar que a Polícia Militar desse um “corretivo” nos agressores. Irritado com a ovada, o petista chamou os atiradores de ovos de “canalhas”, mas afirmou que não iria revidar.

“Eu espero que a PM tenha a responsabilidade de entrar naquela casa, pegar esse canalha e dar um corretivo nele que ele precisa ter pra não atacar ovo nas pessoas”, declarou disse Lula, fazendo referência ao fato de que os ovos foram atirados de um prédio vizinho ao local onde o comício era realizado.

No fim do dia, ao comentar a ovada, Luís Inácio disse que seus apoiadores não deveriam revidar os ataques. “Esse cidadão, na verdade, está esperando que a gente fique nervoso, suba lá e dê uma surra nele. A gente não vai fazer isso. Esse cara ou é um débil mental, sabe… Ou ele não tem qualquer apreço pelo ser humano. Porque esse canalha deveria saber que tem crianças aqui”, proferiu.

A caravana petista pelo Sul do país tem sido alvo de agressões. Antes da ovada, no sábado (24), manifestantes jogaram pedras em direção ao palco onde o petista discursava em Chapecó (SC). Houve confrontos na praça da cidade entre militantes petistas e grupos anti-Lula com lançamento de ovos, pedras e rojões.

Uma das pedras atingiu o ex-deputado Paulo Frateschi, que estava ao lado de Lula no palco. Ele foi levado a um hospital com ferimento grave na orelha, mas recebeu curativos e passa bem. No domingo, já em Nova Erechim, o protesto contra a caravana tomou corpo assim que petistas chegaram ao município. Foram registrados danos a um dos ônibus que levam a comitiva pelas cidades do Sul.

A polícia de Santa Catarina informou que reforçou a segurança da caravana de Lula.

Agora, porque as televisões nos seus jornais e informativos não mostram nada disso, ninguém sabe explicar.