Ela serve a quem?

Editorial
Guaíra, 5 de junho de 2018 - 11h12

 

 

 

 

 

 

Sabe o que mais agradou nessa história toda da greve dos caminhoneiros? Pela primeira vez estamos vendo uma discussão séria – e principalmente adulta – sobre a Petrobras e seu papel no país.

Praticamente desde sua criação que a estatal só é vista pelos governos que se passaram como cabide de empregos para aliados políticos e fonte de financiamento de campanha através de desvios e corrupção. A Lava Jato descobriu algo perto de 88 de bilhões de reais em prejuízo desse desvio.

É um valor que é difícil dimensionar para os pobres mortais. Pra ajudar, é praticamente o orçamento anual da saúde em todo país. Ou 4 vezes o que se gasta com o Bolsa Família. Ou ainda quase 9 vezes o rombo orçamentário causado pela subsídio dado ao diesel para encerrar a greve.

E nessa discussão sobre a real finalidade da Petrobras, a primeira pergunta que todos têm que fazer é: a que senhor a Petrobras deve servir? A resposta simples é: ao povo. Só que a justificativa não é tão simples assim. Muito pelo contrário.

Imaginemos um processo simples de uma empresa empacotadora de laranjas. Ela recebe as laranjas, ensaca, etiqueta e manda para ser vendida no mercado. O aumento na gasolina faz com que ela receba o produto mais caro e seja obrigada a aumentar ainda mais o preço para compensar o frete de envio.

Por isso mesmo que Dilma congelou durante anos o preço dos combustíveis. Incapaz de gerir uma economia autossustentável pautada na responsabilidade fiscal, escolheu o caminho mais fácil, de congelamento de preços. A Petrobras gastava 25 dólares para produzir um barril de petróleo e era obrigada a vendê-lo a 20 dólares para as refinarias. Quase quebrou a empresa.

Alguém duvida que é um super negócio?


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