Não foi por falta de aviso – de todos os lados – que havia desperdício do dinheiro público quando o prédio da antiga escola Soares/Ouro Branco foi alugada para a prefeitura.

Nosso jornal informou e os vereadores alertaram que haviam indícios de improbidade administrativa, o fato de se alugar um local por R$ 8.800,00 mensais sem um proposta de uso.

Depois de muito denunciar, o pessoal da prefeitura informou que naquele prédio seria instalado a escola ETEC. Uma ETEC só se instala em prédio próprio, nunca em prédio alugado e os meses foram passando e o dinheiro do nosso imposto escorrendo pelo ralo.

O que houve ali foi uma verdadeira falta de planejamento. Aliás apenas uma das muitas atitudes da atual administração que demonstram que não estavam preparados para fazer uma gestão planejada e séria.

Agora este assunto se transformou em Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público contra, não apenas o gestor principal, o prefeito Sérgio de Mello, como também seu vice, Denir Barulho.

Em época onde se discutem as pré-candidaturas, estar com uma Ação no MP é de tirar o sono de qualquer pré-candidato!

Acontece que até bem pouco atrás havia uma farra generalizada com o dinheiro público. A impressão que se tinha é que prefeitos, governadores e até a presidente da República tinham plena convicção de que o orçamento era de propriedade particular de cada um desses políticos.

Junto com esta visão distorcida do erário vinha também a institucionalização da corrupção.

As “coisas” estão mudando. A Lava Jato – nosso maior patrimônio moral – criou raízes e rendeu belas atitudes:  os jovens juízes que atuam também por aqui estão imbuídos em fazer uma limpeza em cima dos maus políticos e moralizar os bens que são de todos nós.

Extirpar este câncer que foi institucionalizado durante mais de 10 anos é tarefa homérica, mas punindo aqui e ali, quem tem má índole e intenção de se apropriar do dinheiro, que vem dos cofres das prefeituras, vai pensar duas vezes antes de se atrever.