Em rede nacional

Editorial
Guaíra, 20 de junho de 2018 - 10h27

 

 

 

 

 

 

O narrador de futebol, Galvão Bueno, mostrou na transmissão do jogo da anfitriã – Rússia contra a Arábia Saudita – como a Lei de Gerson (levar vantagem em tudo) ainda encontra ressonância na mente dos brasileiros.

Explica-se: Galvão lamentou o fato do atacante Smolov desistir da bola e não seguir a jogada todas as vezes que ele percebia que estava impedido. Para o narrador mais bem pago do mundo, Smolov deveria dar sequência na jogada: “Vai que o juiz não vê”, completou Bueno.

Com o Brasil inteiro assistindo aos jogos – que somente são transmitidos pela Globo –  uma pérola dessas dita por aquele que é tão consagrado como narrador, apresentador e um “fazedor” de opiniões, fica claro que precisamos de mais Smolov no mundo!

Não ensinamos para os alunos, para os filhos, para as crianças, que o errado é errado mesmo quando o juiz não vê?  Que o infrator de trânsito é infrator de trânsito mesmo quando o guarda não multa? Que o corrupto é corrupto mesmo quando não é flagrado? Então, como aceitar que o errado pode ficar certo se o juiz não apitar?

Sem falso moralismo, fica cada vez mais difícil para os pais e professores mudarem o comportamento dos brasileirinhos em formação de caráter, que aprendem rapidamente tudo aquilo que aparece na televisão, ainda mais quando se vê conceitos como estes se espalhando pela Internet (que não perdoa as falhas dos famosos) viralizando dentro de cada lar.


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