No apagar das luzes

Editorial
Guaíra, 15 de maio de 2016 - 08h10

Quem viu a imagem do ex-presidente Lula com a barba por fazer, cabelos despenteados e olhar inexpressivo, durante o discurso de despedida de Dilma, pode pensar que este é o fim do pai do PT.

Este comportamento não é o usual de Lula.

Enquanto alguns o definiam como “deprimido”, “abalado”, “preocupado”, Dilma estava passando uma imagem diferente, ora pedalando de bicicleta, ora caminhando com os seus seguranças.

Lula é o passado e o futuro do PT. Dilma é o presente e… Nada mais!

Lula é o pai, o fundador, o idealizador do PT. Dilma não tem o tino político de seu professor, passou pelo poder e – pelo andar da carruagem – não voltará a ele.

O ex-presidente está fadado a ser o candidato do Partido dos Trabalhadores em 2018. O partido não tem como sobreviver sem ele, que está há 40 anos na política e é um “animal” eminentemente político. Ele é a única esperança de sobrevivência do seu partido, esperança também de renovação.

Com esta falsa fragilidade de Lula e sua legenda, Ciro Gomes do PDT – procura já recolher as migalhas e tentar ser o herdeiro do manto de Lula. Acontece que Gomes já se demonstrou um “destemperado”, o que torna a sua candidatura e a sua pretensa herança do PT quase cair por terra.

Mas, o que mais toca os guairenses, com tudo o que aconteceu nas esferas superiores, foi que o PT não é mais um partido voltado para a pobreza. Ficou patente que esta legenda tem uma visão sim, mas uma visão unilateral, de ser partidária daquilo que é bom para quem é filiado, apadrinhado, companheiro. Os outros, são os outros e para estes, nada!

Não tem mais a divisão do “nós” contra “eles”. Não há mais “as elites” que não aceitam que o filho do mais pobre se sente em uma universidade e que não se sente em uma poltrona de avião. Este argumento está morto! Não pega mais!


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