A greve que foi deflagrada pelos caminhoneiros do nosso país teve um fundo de cidadania.
A bem da verdade ninguém mais estava aguentando os desmandos do governo com relação ao aumento dos combustíveis. Como fazer as autoridades entenderem que o salário já é apertado, que os sacrifícios já tinham chegado à mesa e que não estava mais dando para viver dignamente?
Se fossem bater panelas ou sair às ruas com faixas e cartazes de nada adiantaria! As autoridades não iriam se importar com a barulheira, uma vez que isso não iria afetar o seu salário – gordo, por sinal – então, a atuação dos caminhoneiros foi fundamental para que desabastecesse a economia e o recado chegasse até o planalto.
No entanto, uma parte da população não pensa assim: são os aproveitadores, os oportunistas!
As câmeras de uma rede de televisão flagraram os frentistas de um posto de gasolina alterando o preço do etanol que era de R$ 2,34 transformando o numeral “3” para “9”, uma alta de R$0,60 centavos por litro de álcool que já estava na bomba, que não foi adquirido depois da greve.
No mercadinho da esquina também os preços das verduras e dos legumes – que já estavam expostos na banca – foram alterados para maior, numa demonstração de desrespeito para com o consumidor e para com aqueles que estão se desgastando com a greve, passando até fome nas estradas no intuito de fazer o boicote.
Uma pena que alguns brasileiros não possam ser chamados de honestos, porque nunca vão saber o que é exercer o sagrado dever da cidadania.