Entrevista da Semana

Gilberto Sanches: 26 anos de Polícia Militar

Cidade
Guaíra, 27 de maio de 2018 - 10h56

 

 

 

 

 

 

 

 

Gilberto Sanches da Costa, também conhecido por Tigoga, é casado com Mércia Regina, pai de Kaique, de 22 anos. É o primeiro Sargento da nossa honrosa corporação Militar. Gilberto é guairense, tem uma postura elegante, fala olhando nos olhos, é extremamente gentil e simpático e acha que a população está começando a enxergar o Policial como um aliado, um amigo. Carrega duas medalhas consigo: Santo Expedito – protetor do policiais – e Medalha de São Bento, protetor dos agricultores.

 

Como apareceu este apelido?

Eu carrego este apelido desde os seis, sete anos de idade. Quem o colocou foi o Jorge da bicicletaria (da 15×17), não sei de onde ele tirou este nome. Começou me chamando assim, éramos vizinhos e o apelido “pegou”.

 

Sempre estudou em nossa cidade?

Fiz até a oitava série em Guaíra, depois fui para a Escola Agrícola, em Miguelópolis, concluí o curso, esperei até tirar a minha CNH, queria trabalhar, então, encontrei meu primeiro emprego na NK, onde fiquei por aproximadamente um ano, após disso me empreguei na Usina Colorado por quase três anos!!!

 

Como surgiu este amor pela farda?

Foi uma influência do meu finado sogro, que já era Policial Militar. Eu também já namorava a Mércia e nesta época ela já estava na Polícia Civil. Na verdade, nunca tive aquela aptidão que se tem desde pequeno para ser um policial. Eu tinha uma tendência para a lavoura, criação de animais, que era a profissão para a qual tinha me formado. Mas, fui ouvindo o meu sogro, acabei prestando do concurso, passei e já estou na corporação há 26 anos.

 

Depois destes 26 anos, o que esta farda representa para você?

Tudo! Esta profissão, para mim, é tudo! Foi através desta farda, do meu serviço que eu tenho a minha subsistência. Consegui me realizar trabalhando, meu filho está estudando e não penso em me aposentar, mesmo já tendo tempo para isso. Hoje, me apeguei, gosto do que faço, não me arrependo e se fosse para voltar lá atrás, faria tudo de novo.

 

A que você atribui o respeito que a população tem por você?

Na verdade, tenho este respeito porque faço meu serviço da melhor maneira possível. É uma troca: eu respeito a população e a população me respeita! Junto com meus companheiros primamos por fazer aquilo que achamos o mais correto. Não que sejamos perfeitos, pelo contrário, somos seres humanos passíveis de erros, mas procuramos errar o mínimo possível dentro do nosso serviço. Como estamos diuturnamente combatendo a criminalidade, principalmente os mais velhos, nos consideram demais. Quando vou à feira, aos domingos, as senhoras vem conversar comigo, isto se chama “respeito”.

 

Falando nisso você foi até convidado para o aniversário de um garotinho?

É verdade! Na véspera do aniversário do Samuel, a mãe dele me procurou e disse que ele iria fazer 7 anos de idade. Disse que ele pediu dois presentes, um deles era me conhecer! Ela me convidou e eu fui, com meus companheiros. O garotinho ficou emocionado e todos nós também nos emocionamos muito. Depois disso, uma outra garotinha também pediu para tirar uma foto comigo… São várias crianças que demonstram esta admiração! Isto é bom porque algumas pessoas ainda têm uma ideia errônea de que o policial é truculento, mau, e que poucas pessoas gostam da gente! Não é verdade! Cerca de 99% da população demonstra carinho pelo policial e só não demonstra mais por timidez. Sempre fui muito bem tratado!!

 

Aquela policial que alvejou o assaltante na porta da escola, agiu corretamente?

Ela agiu em legítima defesa. O assaltante apontava uma arma, ela não poderia esperar ele atirar para depois se defender. Ele procurou este risco e se submeteu a esta situação. O policial está preparado para agir e ela o fez em frações de segundos.

 

Hoje, o grande problema de Guaíra é a droga?

Na verdade este é o grande problema do mundo! Ela está em todos os lugares. Se formos ver a fundo, toda contravenção está relacionada à droga.  Se roubam um carro, é para trocar por drogas, se assaltam uma casa, é moeda de troca para a droga.

 

Vamos falar de números! O que foi feito, pela polícia, no mês de Abril?

Os números falam por si só. Somente no mês de Abril foram abordados 248 condutores de carros; com relação à busca pessoal foram 1.032 ocorrências;  foram 29 pessoas presas em  flagrantes; armas de fogo apreendidas foram 6;  tráfico de entorpecentes foram 14, mais 4 por tráfico por crack; foram apreendidos 3.752 Kg de cocaína, 2.137 Kg de maconha, 0,316 gramas de crack; foram capturadas  2 pessoas que tinham mandado e flagrante foram 23 pessoas. Toda esta droga é depois incinerada.  Os números não param! Estamos sempre alerta, sempre em combate.

 

Agradecimento

Sempre agradecer, em primeiro lugar, a Deus. Agradecer aos comandantes que passaram neste 26 anos, ao Capitão Hannickel, ao Tenente Ubiali, Coronel Marcondes e aos policiais, meus parceiros que sempre me apoiaram, estamos sempre juntos. Ninguém faz nada sozinho! Somos um time. Agradecer, em especial, aos meus pais pela ensinamentos dentro de casa,  porque acho que escola nos dá conhecimentos, instruções, mas a educação para tratar com as pessoas, tratar bem os mais velhos, respeitar  os portadores de necessidades especiais, isso vem do lar, da família, dos pais. Outro agradecimento é para a população! Ela está sempre nos apoiando. Queria esclarecer que existem dois números que o munícipe pode acionar: 3331-3881 e 3331- 4362, além do 190. Estes dois números têm uma pessoa para atender, não precisa se identificar, não temos bina, é só a pessoa denunciar o fato que vamos verificar. Qualquer dúvida pode ligar que vamos verificar. É de suma importância que a população colabore, porque a maioria dos casos são solucionados através das denúncias da população, por isso nossa gratidão a ela.

 

A companheira

Quando o Kaique era bebê, a Mércia estava em casa com ele, teve ocorrência envolvendo mulheres e precisava dela para proceder a revista feminina. Ela sempre foi profissional, sempre esteve à disposição com boa vontade. Qualquer policial que precisasse dos cuidados dela, podia contar, até hoje ainda é assim. Nem precisa dizer que é minha companheira, entende os problemas decorrentes da profissão, por isso é tão parceira, tão amiga, tão companheira, tão íntegra.  Devido a esta disponibilidade, a Mércia e eu já fomos homenageados na Câmara dos Vereadores, o que muito nos honrou. Assim, meus agradecimentos a toda população e nos colocamos à disposição para qualquer eventualidade.


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