Governo justifica reajuste de 0,25% de ganho real aos servidores

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Guaíra, 19 de março de 2017 - 07h49

José Eduardo solicitou ao Departamento Financeiro um levantamento responsável relativo às condições da prefeitura em assumir novas despesas com a folha de pagamento

No final desta última semana, após declarações do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Guaíra, a prefeitura enviou nota sobre o reajuste que concedeu aos seus funcionários.

Segundo o governo, entrando num primeiro ano de mandato com as finanças do Executivo desmanteladas, o prefeito José Eduardo Lelis está concedendo o aumento de 5% nos salários e 6,9% no auxílio alimentação. “Este incremento representa um acréscimo de quase R$ 4 milhões por ano nas despesas do município”, destaca.

“A Prefeitura paga um salário médio de R$ 3 mil, muito acima do ganho médio de outros trabalhadores brasileiros que é de R$ 1.853,00. Com o reajuste, o menor salário passa a ser de R$ 1.271,00, com o complemento de R$ 460,00 do vale alimentação, cujo valor é depositado em cartão para o beneficiário”, ressalta o Paço Municipal.

“Há que se levar em conta que uma expressiva parte dos servidores tem ainda outros 2% somados ao reajuste, referente a progressão de nível e letras, o que depois do estágio probatório ocorre todo ano e 5% a cada quinquênio completado”, complementa.

Mesmo durante uma crise econômica profunda seguindo preceitos democráticos e de transparência, o prefeito realizou rodadas de negociação com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Guaíra para chegar a estes denominadores.

Foram encontros repletos de argumentos, fundamentados de ambas as partes e muito debate pacífico. Com isso, José Eduardo solicitou ao Departamento Financeiro um levantamento responsável relativo às condições da prefeitura em assumir novas despesas com a folha de pagamento, antes de chegar ao percentual ofertado.

“Aqui em Guaíra mais de 30% da população ativa está desempregada. Mais de 6 mil pessoas pedindo emprego. De cada 10 cidadãos que me procuram, nove estão pedindo emprego. A economia do Brasil, infelizmente, passa uma grande crise econômica e graças a Deus os 1.476 funcionários são bem cuidados. Eu tenho um carinho muito grande por eles. Além dos salários, ainda temos o auxílio alimentação e o plano de saúde. Então vamos continuar tratando com muito carinho o funcionário público”, contou o Chefe do Executivo.

“Vou pagar salários em dia como temos feito. Quando se diz que temos 43% de comprometimento da receita da Prefeitura com servidores, trata-se da folha de pagamento direta. Mas, se a gente colocar os R$ 8 milhões por ano de auxílio alimentação, mais os R$ 2 milhões do plano de saúde chegaremos a R$ 74 milhões de gasto com pessoal, sem hora extra, sem as diárias, outros gastos com servidores, ou seja, nós estamos dentro da possibilidade financeira com este reajuste. A previsão da receita líquida para este ano é de R$ 140 milhões e temos a preocupação de que ela seja menor. Eu tenho certeza que estamos tratando muito bem o funcionalismo público e assim nós vamos continuar fazendo. Estou muito tranquilo e sereno, pois fizemos o que podemos para os trabalhadores e vou continuar com este grande diálogo e com este fundamental instrumento de trabalho que é o nosso servidor público”, encerrou o prefeito.

Agora, o Projeto de Lei com índice do reajuste segue a para Câmara dos Vereadores. Na Casa de Leis, antes de vigorar, o percentual será apreciado, votado e, caso, aprovado, os vencimentos reajustados serão creditados nas contas dos funcionários já no final deste mês.


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