Inseto barbeiro aparece em duas residências do Bairro Palmares

Após análise da Sucen, foi confirmado que os quatro barbeiros encontrados não estavam infectados pelo transmissor da doença de chagas. Vigilância alerta população a capturar o inseto e entregá-lo no departamento

Cidade
Guaíra, 23 de dezembro de 2017 - 08h05

Nesta semana, a população ficou apreensiva após a divulgação de quatro ocorrências de aparecimento do inseto barbeiro no município. Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde, felizmente, nenhum deles estava infectado pelo transmissor da doença de chagas, o Trypanosoma cruzi.

Entretanto, o setor está alertando a comunidade da região para se ater aos bichos e, qualquer informação adicional, entrar em contato com o Controle de Vetores, localizado na Esquina da Rua 20 com a Avenida 9, ou pelo telefone 3330-2800.

“As recomendações são para que as pessoas, se encontrarem algum inseto com as características de um barbeiro (veja informações no final da matéria), que não matem ou esmaguem, mas que coloquem dentro de um recipiente e traga até a Vigilância em Saúde para que o mesmo seja examinado pela Sucen”, esclarece o chefe da repartição, Maurício Alves.

De acordo com ele, a Superintendência de Controle de Endemias do Estado de São Paulo está analisando os barbeiros para descartar qualquer possibilidade de possíveis focos de chagas na região. “A Sucen analisa para saber se o inseto está infectado pelo parasita do gênero Trypanosoma. A busca tem sido crescente para monitorar, já que não se fala mais em doença de chagas no Estado”, explica.

Assim, Maurício enfatiza a importância da comunidade de recolher qualquer inseto semelhante e levá-lo até a Vigilância. “Pedimos para que as pessoas façam a captura e o encaminhe para Unidade de controle de vetores ou vigilância em saúde. Não façam qualquer dedetização antes da nossa confirmação. Caso a análise da Sucen dê positivo, equipes se deslocam até a origem para descobrir possíveis focos e ambientes do barbeiro e fazem o controle químico com borrifação utilizando inseticidas da classe dos piretróides”, finaliza.

Modo de transmissão

O “barbeiro”, em qualquer estágio do seu ciclo de vida, ao picar uma pessoa ou animal com tripanossomo, suga juntamente com o sangue formas de T.cruzi, tornando-se um “barbeiro” infectado. Os tripanossomos se multiplicam no intestino do inseto, sendo eliminados através das fezes. A transmissão se dá pelas fezes que o mesmo deposita sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local da picada. O T.cruzi contido nas fezes do “barbeiro” pode penetrar no organismo humano, também pela mucosa dos olhos, nariz e boca ou através de feridas ou cortes recentes existentes na pele. Há, ainda, outros mecanismos de transmissão através de: transfusão de sangue, caso o doador seja portador da doença; transmissão congênita da mãe chagásica, para o filho via placenta; manipulação de caça (ingestão de carne contaminada) e acidentalmente em laboratórios.

Sintomas

Os sinais iniciais da doença se produzem no próprio local, onde se deu a contaminação pelas fezes do inseto. Estes sinais, surgem mais ou menos de 4 a 6 dias, após o contato do barbeiro com a sua vítima, que deve procurar o médico imediatamente. Os sintomas variam de acordo com a fase da doença, que pode ser classificada em aguda e crônica.

Fase aguda: Febre, mal estar, falta de apetite, edemas localizados na ou em outras partes do corpo, enfartamento de gânglios, aumento do baço e do fígado e distúrbios cardíacos. Em crianças, o quadro pode se agravar e levar à morte. Frequentemente, nesta fase, não há qualquer manifestação clínica da doença, podendo passar desapercebida.

Fase crônica: Nesta fase, muitos pacientes podem passar um longo período, ou mesmo toda a sua vida, sem apresentar nenhuma manifestação da doença, embora sejam portadores do T.cruzi. Em outros casos, a doença prossegue ativamente, passada a fase inicial, podendo comprometer muitos setores do organismo, salientando-se o coração e o aparelho digestivo.


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