Jovem guairense morre com suspeita de gripe H1N1

Até o momento, a Vigilância em Saúde do município registrou um caso positivo da doença e dois suspeitos, sendo um deles de Fabricio da Silva Faria, que faleceu neste final de semana

Cidade
Guaíra, 4 de julho de 2018 - 11h12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No início da tarde desta segunda-feira (02), o jovem Fabricio da Silva Faria, de apenas 20 anos, morreu com a suspeita de estar infectado pelo vírus da gripe H1N1. Ele havia sido internado na Santa Casa de Barretos na madrugada deste domingo (1º).

De acordo com familiares e amigos da vítima, os sintomas do guairense tiveram início após viagem a Olímpia (SP), há aproximadamente 15 dias. Eles ainda disseram que o rapaz foi levado ao Pronto Socorro de Guaíra na noite de sábado, 30 de junho, apresentando um quadro de vômito e diarreia.

Segundo informações cedidas pela secretaria de saúde municipal, após ser medicado no PS, Fabricio foi liberado para voltar para casa. Entretanto, na madrugada de domingo (1º), por volta das 5h, ele retornou à unidade de pronto atendimento já com falta de ar. O quadro se agravou para uma insuficiência respiratória e Faria foi intubado e encaminhado para Barretos – cidade que tem o hospital de referência para média e alta complexidade que atende a região. Infelizmente, Fabricio não resistiu e veio a óbito. Seu corpo foi sepultado na manhã de ontem (03).

SUSPEITA DE H1N1

O jovem deu entrada na Santa Casa de Misericórdia de Barretos com suspeita de H1N1. A coleta foi feita para a confirmação e enviada para o Instituto Adolf Lutz, de Ribeirão Preto (SP). Porém, os resultados chegam somente daqui alguns dias.

De acordo com o chefe da Vigilância em Saúde de Guaíra, Maurício Alves, o município guairense já registrou, desde junho, quatro notificações para o vírus, sendo um positivo, um negativo e dois suspeitos (um deles o caso de Fabricio). “O que deu positivo já evoluiu para melhora após entrar com tratamento antiviral, hidratação e repouso”, informa o profissional.

Mauricio lembra que a população deve manter a prevenção contra a gripe, através de vacina (disponibilizada gratuitamente na rede pública de saúde para o público-alvo) e algumas precauções, como evitar manter contato muito próximo com uma pessoa que esteja infectada; lavar sempre as mãos com água e sabão e evitar levar as mãos ao rosto e, principalmente, à boca; sempre que possível, ter um frasco com álcool-gel para garantir que as mãos sempre estejam esterilizadas; manter hábitos saudáveis, alimentar-se bem e beber bastante água; não compartilhar utensílios de uso pessoal, como toalhas, copos, talheres e travesseiros; evitar frequentar locais fechados ou com muitas pessoas; etc.

A vacinação é uma estratégia de prevenção da gripe H1N1. Ela é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus influenza reduzindo o risco de formas graves da doença. No geral, a detecção de anticorpos protetores se dá entre duas a três semanas após a vacinação e, em média, confere proteção de seis a doze meses, sendo que o pico máximo de anticorpos ocorre após quatro a seis semanas da vacinação. Nas unidades de saúde, a vacina está sendo disponibilizada até o final do estoque, para o público-alvo (idosos, crianças de 6 meses a 9 anos, trabalhadores da saúde, professores da rede pública, gestantes, puérperas e portadores de doenças crônicas).

SINTOMAS H1N1

Os sintomas são semelhantes aos da gripe comum, mas com alguns detalhes específicos. Nota-se também febre repentina e alta (acima de 38°C), dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, coriza e falta de apetite. Sintomas respiratórios, como tosse, também são percebidos. Dependendo do caso, o paciente pode ter ainda diarreia e vômitos.

Durante o socorro, é recomendado que os pacientes que apresentarem tais sintomas recebam máscara cirúrgica para evitar a transmissão do vírus. Pede-se também que a proteção do nariz e da boca durante tosses e espirros seja feita com o antebraço – e não com as mãos, como é de costume.

Os adultos podem transmitir a doença por um período de sete dias após o aparecimento dos sintomas. Nas crianças contaminadas, este período vai de dois dias antes até 14 dias após aparecerem os sintomas.

“Caso o cidadão apresente algum dos sintomas, deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência, ou, após o expediente, o Pronto Socorro local”, finaliza Maurício.


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