Médicos confundem zika com dengue, diz infectologista

Agora
Guaíra, 13 de fevereiro de 2016 - 10h15

Atualmente, o vírus da zika já tem circulação confirmada em 21 estados do país, além do Distrito Federal

O elevado número de casos de dengue registrados em um curto período tem mostrado a tendência de uma nova epidemia de grandes proporções no país neste ano. Segundo especialistas ouvidos pela Folha de S. Paulo, isso mostra uma epidemia que não está no início, mas que, em janeiro, já está de vento em popa.

De acordo com o infectologista Carlos Magno Fortaleza, professor da Unesp, também ouvido pela publicação, outro cenário possível é que uma parte dos casos já notificados como dengue sejam de zika, doença transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti.

“Além da dengue, estamos tendo epidemia de zika. Como as doenças causam manifestações semelhantes, pode ser que uma parte seja zika”, afirma o infectologista Benedito Lopes da Fonseca. Atualmente, o vírus da zika já tem circulação confirmada em 21 estados do país, além do Distrito Federal.

A doença, porém, diferentemente do que ocorre com a dengue, ainda não é de notificação compulsória – o Ministério da Saúde pretende que o modelo, em que todos os casos prováveis da doença são informados ao governo federal depois de avaliação clínica, passe a ser adotado nos próximos dias.

Para os especialistas, é preciso aumentar o treinamento dos profissionais para que a notificação seja mais precisa. Os casos de zika apresentam manchas vermelhas no corpo muito peculiar, que coça muito. Quem não vê muito os casos de zika pode acabar fazendo o diagnóstico como dengue.

Apesar das trocas, os profissionais têm um consenso: é preciso manter alerta para a dengue, vista como mais perigosa que a zika.


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