Operação do GAECO prende Prefeito de Miguelópolis por fraudes em licitações

Policial
Guaíra, 20 de abril de 2016 - 08h04

Prisão ocorreu na manhã de ontem após investigação de mais de um ano feita pelo Grupo Armado de Combate ao Crime Organizado. Operação também realizou busca de documentos em loja de peças de Guaíra

Juliano Mendonça Jorge foi preso acusado de fraude em licitações

Juliano Mendonça Jorge foi preso acusado de fraude em licitações

Uma operação surpresa envolvendo promotores do Gaeco (Grupo Armado de Combate ao Crime Organizado), do núcleo de Franca, e a Polícia Militar movimentou as primeiras horas desta manhã de ontem (19) na cidade de Miguelópolis e outros sete municípios, inclusive em Guaíra.

Segundo a PM, 120 policiais e a Procuradoria Geral do Estado participaram da Operação Cartas em Branco, que culminou com a prisão do prefeito da cidade vizinha, Juliano Mendonça Jorge, acusado de fraude em licitações. Juliano foi preso em sua residência e estava escondido na casa de máquinas da piscina.

Doze pessoas, entre empresários, funcionários e ex-funcionários do departamento de licitações da Prefeitura também foram detidos

Doze pessoas, entre empresários, funcionários e ex-funcionários do departamento de licitações da Prefeitura também foram detidos

Mendonça foi conduzido para a Delegacia Seccional de Franca, onde prestou depoimento e, ainda na tarde de ontem, seguiu para São Paulo, para depor no Tribunal de Justiça. Por ter foro privilegiado, as investigações contra Juliano foram conduzidas pela Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo.

Segundo o Ministério Público (MP), além do prefeito de Miguelópolis, outras 12 pessoas, entre empresários, funcionários e ex-funcionários do departamento de licitações da Prefeitura também foram detidos durante a operação. Em Guaíra, há informações de que o MP, juntamente com a Polícia Militar, apreendeu documentos de uma loja de peças do centro da cidade, responsável por emitir notas para diversas prefeituras da região.

Juliano foi preso em casa. Ele estava escondido na casa de máquinas da piscina

Juliano foi preso em casa. Ele estava escondido na casa de máquinas da piscina

De acordo com o promotor Paulo Radunz, do Gaeco de Franca (SP), os suspeitos fraudaram licitações em diversos setores em um esquema de superfaturamento. “Fraude em todo tipo de licitação de vendas identificadas em um investigação de mais de um ano”, disse.

 

OPERAÇÃO

Juliano foi levado de sua residência para a DIG de Franca e logo após seguiu para depor no TJ-SP

Juliano foi levado de sua residência para a DIG de Franca e logo após seguiu para depor no TJ-SP

O prefeito de Miguelópolis foi preso em casa, por volta das 6h30 de ontem, e os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão dentro da Prefeitura, que ficou fechada durante todo o dia. Apenas funcionários que poderiam auxiliar na entrega dos documentos foram autorizados a entrar no prédio. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Miguelópolis informou que aguarda parecer detalhado da promotoria para dar explicações, mas adiantou, entretanto, que colabora com as investigações. “Os documentos já estão em posse do MP para o andamento da investigação, pois, antes de ir prestar seu depoimento, o Prefeito Juliano Mendonça deu ordens explícitas para que todos os funcionários colaborassem com os investigadores”, diz nota.

A assessoria de imprensa afirmou também que a atuação do prefeito Juliano Mendonça Jorge sempre foi “transparente”. “A atual gestão é reconhecidamente transparente e trabalha para que os verdadeiros culpados sejam responsabilizados, caso as acusações sejam comprovadas”.

 

BENS BLOQUEADOS

Em outubro do ano passado, a Justiça bloqueou os bens do prefeito Juliano Mendonça Jorge, de quatro funcionários públicos e de uma empresa, acusados de fraude em uma licitação realizada em 2013 para locação de caminhões e tratores usados na coleta de entulhos.

Segundo o MP, além de uma servidora municipal constar como sócia da firma vencedora, tanto a proposta da escolhida quanto da concorrente tinham objeto social “estranho” ao serviço que seria prestado.

No processo, a Promotoria pediu, em caráter liminar, a indisponibilidade de bens dos envolvidos em até R$ 1 milhão, além da quebra do sigilo bancário.

(Com informações da GCN e G1)



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