Por Pâmela Pereira Inomata
É um estado psíquico natural que é útil para nos alertar de um perigo e fazer com que nos preparemos para enfrentá-lo. No entanto, com a vida corrida que muitas pessoas levam e as crescentes pressões profissionais, pessoais e financeiras, nossa mente não consegue relaxar e aproveitar momentos de descanso e bem-estar, gerando quadros intensos de ansiedade; que é diferente da ansiedade normal, que sentimos na véspera de uma prova ou de uma reunião importante. A ansiedade patológica é um transtorno mental sério que, se não tratado, pode desencadear graves crises de pânico.
A ansiedade vem, de forma rápida e impiedosa, tomando conta do Brasil e do mundo. Subestimado por décadas, esse transtorno mental pode inviabilizar a vida social e a profissional, mas poucas pessoas buscam tratamento para aliviar os sintomas antes que cheguem ao limite.
É um estado mental muito próximo do medo, apreensão ou expectativa de que algo ruim aconteça, mas, enquanto o medo é provocado por algum estímulo externo e tem um objeto definido, a ansiedade é uma emoção difusa, voltada para o futuro, com origens subjetivas, acompanhado por reações físicas desconfortáveis.
Os principais Transtornos de Ansiedade são: Síndrome do Pânico, Fobia Específica, Fobia Social, Estresse Pós-Traumático, Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Distúrbio de Ansiedade Generalizada.
O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgadas neste ano, 23, 93% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade.
Segundo a Previdência Social, os transtornos mentais já são a terceira razão de afastamentos do trabalho no Brasil, sendo que os gastos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) giram em torno de R$ 200 milhões em pagamentos de benefícios anuais, dado que reforça a importância de se criar medidas de prevenção. Nesse contexto, a ansiedade, assim como a depressão, são os males que mais afetam as pessoas.
Existem inúmeras razões para que uma pessoa possa se enquadrar na ansiedade. E este pode tanto ser um momento vivido pelo paciente quanto uma característica de sua personalidade. Em qualquer um dos casos é possível trabalhar em terapia.
A ansiedade passa a ser um incômodo quando o indivíduo percebe que não está mais conseguindo se concentrar em suas tarefas rotineiras, ou que passou a ter comportamentos totalmente prejudiciais, tais como insônia ou roer unhas, por exemplo.
É importante ressaltar que o trabalho na terapia depende tanto do terapeuta como do paciente. O objetivo é mostrar ao paciente quais as formas de lidar com isso, como proceder quando sentir que a ansiedade está exacerbada, ou mesmo prever quais situações poderão deixá-lo ansioso e fazê-lo refletir, fortalecendo-o para que tenha ferramentas para enfrentar isso.