Psicologia – Orientação de pais

Opinião
Guaíra, 2 de setembro de 2018 - 09h32

Por Pâmela Pereira Inomata – Psicóloga – CRP 06/103502

A interação com os pais e o exemplo que eles dão são elementos fundamentais para a formação de padrões de comportamentos de uma criança. O ambiente familiar exerce papel importante no desenvolvimento das condutas de cada pessoa. Isso porque qualquer comportamento, seja ele considerado adequado ou não, é inicialmente aprendido no âmbito familiar: o primeiro, e muito provavelmente o mais influente, meio social da criança.

É nesse contexto que a criança vai aprender e desenvolver repertórios de socialização, de interação com demais pessoas, de resolução de problemas e inúmeros outros comportamentos. Assim, problemas de comportamento não se tratam de falha de caráter ou da índole da criança, mas sim resultam das maneiras como a ensinamos (pais, familiares e educadores) a se relacionar com o mundo e com as pessoas ao seu redor.

Por vezes, os pais encontram grandes dificuldades para tomar decisões sobre a criação seus filhos. Essas dificuldades têm se tornado mais conhecida, pois os pais têm solicitado mais por ajuda. Criar um filho não é tarefa fácil. Muitas vezes parece mais prático e viável simplesmente reagir, cedendo a birras e má-criações. Em outros momentos, a exigência com excessivos regra e limites parece ser o caminho mais seguro para garantir que um filho seja da maneira como os pais gostariam que ele fosse. Já a superproteção pode contribuir para a formação de uma pessoa frágil e insegura, pois ensinamos à criança que não é ou será capaz de fazer por si mesma e de se cuidar, que alguém sempre terá que fazer por ela.

Em meio a essas dificuldades, muitos pais podem fazer uso de punições, pois essa prática leva a criança a parar de se comportar da maneira indesejada no momento em que é castigada ou reprimida. No entanto, com essa medida, a criança não aprende outras maneiras de agir diante da mesma situação, mas sim que não deve fazer daquela forma na frente daquele adulto. Então, é muito provável que o comportamento indesejado volte a aparecer.

O dia-a-dia dos pais influencia muito a maneira deles lidarem com a criança. Isso porque, após um dia de muito estresse, por exemplo, os pais não terão condições de apresentar a mesma paciência que teriam com o filho se não estivesse nessas condições. Problemas conjugais, o divórcio ou a falta de apoio de familiares também podem interferir nas condutas dos adultos frente a comportamentos específicos de suas crianças.

Sendo assim, o psicólogo trabalha também de forma preventiva, uma vez que, além de ajudar os pais a corrigir o que não parece adequado, também os ensina a empregarem medidas diferentes em novos contextos evitando problemas futuros.

Dessa forma, é proposto aos pais o desafio de modificar, antes de tudo, o próprio comportamento para promover a mudança e manutenção dos ganhos adquiridos pela criança. É preciso olhar para os pais como alguém que também tem uma história de vida, uma bagagem para lidar com seus problemas e dificuldades, assim como para educar seus filhos, seja ela consciente ou não.

Por meio de orientações adequadas e fundamentadas em pesquisas e estudos que demonstram os efeitos que a educação pode produzir na vida da criança, o psicólogo pode desenvolver um trabalho na relação estabelecida entre pais e filhos; ajudando-os a promover situações de ensino, a construir uma autoestima saudável e a autonomia da criança, sendo uma maneira importante de contribuir com a melhora da qualidade de vida da família.


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Pâmela Pereira Inomata

Pâmela Pereira Inomata

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