Quem sobrará?

Opinião
Guaíra, 7 de junho de 2017 - 10h51

Mais uma vez, a República Federativa do Brasil está surpresa com denúncias e escândalos causados pela classe política. Antes, poderíamos atribuir os malfeitos a um partido, mas, depois das últimas ações da Procuradoria Geral da República, é possível chegar a conclusão de que falta de conduta ética não está ligado a um Partido Político, nem mesmo a histórico familiar, mas a ação de cada indivíduo que assume o poder.

Uma catástrofe atrás da outra. O Governo Federal está inundado em lama. Dá nojo saber o que acontece nos bastidores da Praça dos Três Poderes. Quanto mais a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal trabalham, mais lixo e malfeitos aparecem. Parece, inclusive, um efeito cascata, uma ação dividida em fases, uma mais surpreendente do que a outra.

Minha preocupação não está relacionada com os malfeitos e com a prisão de agentes públicos ou afastamento de políticos de seus cargos públicos. Sou taxativo: quem é acusado de crimes tem todo o direito de se defender e os culpados precisam ser punidos exemplarmente, com os rigores da Lei.

Diante de todo este quadro de podridão, fico preocupado com a condição de milhões de brasileiros que estão desempregados, com a falta de investimentos para a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados para a população em áreas importantes, tais como: Educação, Saúde, Mobilidade Urbana, Segurança Pública, Esportes, Cultura e a realização de obras de infraestrutura, comprovadamente essenciais para melhorar a qualidade de vida de todos nós, que somos brasileiros, e, apesar de não desistirmos nunca, estamos exaustos de tantos desmandos.

Estou convencido de que a corrupção é uma das principais causas da inexistência de investimentos que beneficiem quem carrega o Poder Público com os impostos que paga, religiosamente.

Faz-se necessário destacar, ainda, que a crise brasileira não é fruto de agentes econômicos desfavoráveis ou da falta de dinheiro para a realização de benfeitorias. Com a experiência que adquiri na iniciativa privada, tenho a convicção de que o grande problema brasileiro está relacionado com a falta de bons gestores e Gestão Pública Eficiente, com respeito ao erário público.

Não posso deixar de falar da ineficiência do Poder Público em atender às reais necessidades da população, que tem as demandas resolvidas de forma mais eficaz e eficiente pelas entidades sérias que integram o Terceiro Setor.

De forma quase incontestável, é importante desabafar, na qualidade de cidadão e homem público: precisamos analisar melhor quem escolhemos para nos representar. Pessoas comprometidas e focadas na busca pelo bem geral de todos.

Sem dúvida alguma, a existência da burocracia é um dos fatores que contribui para a corrupção, embora ela seja importante no que tange a análise criteriosamente de cada assunto. Precisamos analisar com sobriedade os fatos apresentados, com a urgência que a nossa nação precisa e anseia.

 


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Junior Aprillanti

Junior Aprillanti é Engenheiro Agrônomo, Bacharel em Direito, Administrador e deputado estadual

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