Pediatras voltam a atender na Santa Casa até a renegociação de salários

Médicos não estavam atendendo desde o dia 22 de janeiro por atraso em seus pagamentos. Provedoria do hospital propôs uma redução de salário alegando crise financeira

Cidade
Guaíra, 1 de fevereiro de 2018 - 10h03

Após ficar quase 10 dias sem atendimento de pediatras nas especialidades da Santa Casa de Misericórdia de Guaíra, o hospital, através do governo municipal, anunciou o retorno dos profissionais na tarde de ontem (31).

Os médicos especialistas haviam paralisado no dia 22 de janeiro por consequência do atraso do pagamento de seus salários, referentes a plantões à distância de dezembro do ano passado e de janeiro.

Sem pediatras, cirurgias foram adiadas, atendimentos materno-infantis chegaram a ser encaminhados para a cidade vizinha, Barretos e gestantes não conseguiram suas cesárias na instituição. Inclusive, na última semana, uma mãe teve de custear um médico de Miguelópolis, no valor de R$ 400 – segundo depoimento dela nas redes sociais – para que o mesmo pudesse acompanhar seu parto normal em Guaíra, dentro do hospital, neste último domingo (28).

Buscando sanar os problemas, a Santa Casa ofereceu um acordo aos especialistas, propondo uma redução em seus salários. De acordo com informações, nem todos aceitaram as condições.

“Eram pagos aos quatro médicos pediatras, um valor fechado, sendo que o valor era divido entre eles, em plantão a distância – os médicos eram chamados em caso de necessidade do paciente – ficando cada um responsável por uma semana de plantão. A Proposta da Santa Casa é de pagar uma quantia menor. O valor oferecido é o predominante nas unidades hospitalares regionais para atender pacientes de baixa complexidade”, aponta o governo municipal.

Entretanto, para que a população não fique sem atendimento e seja a principal afetada nesse “embate” entre corpo clínico e Santa Casa, os profissionais da medicina aceitaram manter os serviços até o dia 9 de fevereiro, data em que terão de dar uma resposta sobre a renegociação de salário proposto.

“Caso eles não aceitem, deverão assinar o desligamento do Corpo Clínico para que outros médicos possam ser contratados e atender a população. Nas Unidades de Saúde o atendimento é normal, pois eles são concursados e servidores efetivos. As demais especializadas aceitaram a nova proposta e estão atendendo normalmente”, completa a prefeitura.


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