Roberta Luchsinger, de 32 anos, é quase uma desconhecida para o grande público. Herdeira da família fundadora do banco Credit Suisse, a mulher decidiu lançar um movimento de apoio financeiro ao ex-presidente Lula que teve quase R$ 10 milhões em planos de previdência e contas bancárias bloqueados a pedido do juiz Sérgio Moro.
A neta do suíço Peter Paul Arnold Luchsinger abriu o bolso, o closet e o cofre para fazer uma doação pessoal ao petista no valor de cerca de R$ 500 mil em dinheiro, joias e objetos de valor.
“Com o bloqueio dos bens de Lula, Moro tenta inviabilizá-lo tanto na política quanto pessoalmente. Vou fazer uma doação para que o presidente possa usar conforme as necessidades dele”, diz Roberta.
Ela saca da bolsa Hermés um cheque ao portador no valor de 28 mil francos suíços (cerca de R$ 91 mil), mesada que recebia do avô morto em 8 de julho, aos 92 anos.
“Foi o último cheque que recebi dele e vou repassar integralmente ao Lula. Agora, já podem dizer que ele tinha conta na Suíça, aquela que os procuradores da Lava Jato tanto procuraram e não acharam”, ironiza Roberta.
A herdeira bilionária recheou uma mala da marca Rimowa de objetos que o ex-presidente poderá transformar em dinheiro. Entre eles, um relógio Rolex (R$ 100 mil) e um anel de diamantes da joalheira Emar Batalha (R$ 145 mil), que enfeitou um editorial da revista “Vogue”. “Lula vai poder penhorar tudo”, sugere a doadora.
Na mala que será entregue pessoalmente nos próximos dias, em data que está sendo negociada com o ex-ministro Gilberto Carvalho, há ainda objetos de desejo de blogueiras e “it girls”: uma bolsa Chanel (R$ 32 mil), um par de sandálias Christian Louboutin (R$ 3 mil) e um vestido Dolce & Gabbana (R$ 30 mil).
“São itens que poderão ser leiloados em um evento em benefício ao ex-presidente”, propõe Roberta.
Uma bandeja de prata, com o brasão da família Luchsinger, foi incluída na lista. Segundo ela, é um protesto pelo confisco dos presentes que Lula recebeu de chefes de Estado quando estava na presidência.
Fonte: Folha de SP