Há uma expressão atribuída ao povo Português que diz: “Tudo como dantes no quartel dos Abrantes”. Abrantes seria uma cidade de Portugal, mas podemos transportar, sem rima, para Guaíra.

Acontece que, a expectativa de mudanças na administração pública pode até estar acontecendo, mas ainda não é muito palpável. Não se sente – na pele – grandes alterações ao ponto de se respirar aliviado e dizer: “agora vai”.

Toda mudança que pretende ser bem feita, deve ser bem estudada e bem projetada. Mas, com muita lentidão, a passos de tartaruga, quem espera por ela acaba por desanimar.

Só para darmos apenas um exemplo, deixemos de lado o caso da iluminação pública, dos medicamentos, da segurança, etc., etc., para nos concentrarmos em apenas um item: o caso das horas-extras trabalhadas no setor da administração municipal, que vinha corroendo o bom relacionamento entre patrão (Prefeitura) e servidores.

Nós cansamos de noticiar, em outros tempos, o não pagamento dessas horas ao funcionário que já tinha trabalhado. Estas horas já tinham sido gastas no ambiente de serviço na expectativa de virem acrescidas no holerite do próximo mês. Nunca vinha! E o funcionário se frustrava e a briga com a prefeitura era sempre desgastante.

O que mudou nestes dez meses com relação a estes pagamentos? Nada! Ou quase nada! Houve um aumento de salário direcionado para alguns setores, como cargos comissionados e funções gratificadas, mas, para outros setores essenciais, onde trabalhar além do horário ou da carga estabelecida ainda é necessário para o bom andamento dos serviços, não foi solucionado.

São departamentos fundamentais (Saúde, limpeza, guardas-noturnos, etc.) que ainda convivem com este estresse.

Passou da hora de se arrumar uma saída para estes entraves!