No dia 15 de novembro, celebramos um marco crucial na história brasileira: a Proclamação da República em 1889. Este evento significativo não apenas encerrou o regime monárquico, mas também estabeleceu a república, marcando um novo capítulo na trajetória do país. Desde então, o 15 de novembro é reconhecido como feriado nacional, inicialmente designado pelo Decreto nº 155-B em 1890. Sua importância foi reafirmada pela Lei nº 10.607, promulgada em 19 de dezembro de 2002, consagrando-o como um dia para celebrar a “pátria brasileira”.

A Proclamação da República foi moldada por uma persistente insatisfação militar e civil com o governo monárquico. Após a Guerra do Paraguai, os militares, descontentes e em busca de melhorias salariais e participação política, foram fundamentais nesse movimento. O enfraquecimento da monarquia também foi impulsionado por questões econômicas, polarização política e o crescimento do movimento abolicionista.

O evento em si foi mais uma resposta improvisada do que um plano meticuloso, embora os debates sobre a derrubada da monarquia já ocorressem desde 1887. Em novembro de 1889, líderes republicanos, entre eles Aristides Lobo e Sólon Ribeiro, secretamente persuadiram o marechal Deodoro da Fonseca a liderar um levante militar. No dia 15 de novembro, o Gabinete Ministerial foi cercado, o visconde de Ouro Preto destituído e, oficialmente, a República foi proclamada por José do Patrocínio.

A Constituição de 1988 consagra o Brasil como uma “república federativa”. Em 21 de abril de 1993, um plebiscito, conforme estipulado pela Constituição, consultou a população sobre a forma de governo. Com 66% dos votos, a escolha popular reafirmou o Brasil como uma república, garantindo a continuidade do sistema republicano. Este percurso histórico, marcado por desafios e transformações, continua a ser um elemento fundamental da identidade nacional.