Com o tema “Raízes que nos Conectam”, Olímpia abrIu neste sábado, 2 de agosto, as portas para o Brasil, aquele que canta, dança, festeja e resiste. O 61º Festival do Folclore (FEFOL) promete emocionar, conectar e enraizar ainda mais a cultura popular brasileira no coração da Estância Turística, em uma edição histórica que vai até o dia 10 e homenageia o estado do Maranhão.
Durante nove dias, a cidade receberá mais de 2 mil participantes de 61 grupos folclóricos e parafolclóricos de 20 estados das cinco regiões do país, sendo 17 deles estreantes no evento. Serão mais de 120 apresentações no palco principal, com manifestações como o Bumba Meu Boi, a Ciranda, o Fandango, o Coco de Roda, o Reisado, a Folia de Reis, o Catupé, a Congada, entre tantas outras expressões que representam a alma do povo brasileiro. É o Brasil inteiro reunido em um só lugar, celebrando suas raízes com alegria, espiritualidade e identidade.
A grande abertura será marcada por um espetáculo grandioso e emocionante na Arena do Recinto do Folclore, com a participação de cerca de 600 alunos, professores e funcionários da rede de ensino municipal e convidados especiais. O enredo exalta o poder das origens, mostrando que são nelas que está a força que sustenta e conecta os diferentes sotaques, danças, cantos e cores do país. O Maranhão, estado homenageado, será representado com toda a sua exuberância, destacando os Lençóis Maranhenses, o Centro Histórico de São Luís, os Cazumbás, a Serpente Encantada e, claro, os múltiplos sotaques do Bumba Meu Boi – uma das manifestações mais emblemáticas do folclore nacional.
Criado por iniciativa do saudoso professor José Sant’Anna e enraizado nas escolas, o festival se firmou ao longo das décadas como o maior encontro da cultura popular do Brasil. E não é à toa que Olímpia é reconhecida como o berço do folclore brasileiro. É ali que a tradição ganha palco e o conhecimento é transmitido entre gerações — da sala de aula à arena, da cantiga infantil ao batuque ancestral.
Além das apresentações folclóricas, o evento traz uma programação paralela que reforça sua proposta de inclusão, formação e celebração. A Vila Brasil é um dos espaços mais queridos do festival, com música raiz todas as noites, reunindo violeiros e duplas de diferentes regiões. A gastronomia também é um espetáculo à parte, com 66 barracas que oferecem comidas típicas, doces caseiros, vinhos artesanais e sabores que contam histórias. O público pode ainda visitar o Pavilhão do Artesanato, com mais de 20 estandes repletos de cultura, material, produtos personalizados e trabalhos autorais.
No domingo (3), a Missa em Ação de Graças se transforma em um ato de fé, cultura e emoção. Grupos folclóricos entram na Igreja Matriz de São João Batista cantando e dançando com seus trajes típicos, levando à celebração um sentido de comunhão entre o sagrado e o popular. À noite, mais uma maratona de apresentações toma conta do recinto, mostrando a diversidade e a potência do folclore brasileiro.
A expectativa é de um público superior a 180 mil pessoas ao longo dos nove dias, em uma estrutura completa que inclui parque de diversões, praça de alimentação, estacionamento beneficente para a Santa Casa, e uma decoração cênica que valoriza a cultura do Maranhão, com painéis e tapeçarias que transformam o Recinto do Folclore em um verdadeiro santuário da cultura brasileira.
O 61º Festival do Folclore é um encontro com as origens, uma viagem pelo Brasil profundo, um mergulho na beleza e na força de um povo que resiste, celebra e se conecta por meio de suas tradições. Quem participa, não esquece. Quem vive, se transforma. Olímpia mais uma vez convida o país a olhar para dentro e se reconhecer: um povo múltiplo, vibrante e cheio de histórias para contar.
