Painel | 08 de Março 2020

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Guaíra, 16 de março de 2020 - 10h51

Como comemorar?

Não adianta vir fulano ou sicrano dizerem que há leis de proteção para mulheres sem necessidade e de que eles são favoráveis ao tal do “igualdade para todos”. Para com isso, vai! Desde que o mundo é mundo, sabe-se que o descaso e falta de respeito com mulheres só crescem; nunca foram extintos. Até hoje, a mulher sofre, não só com a violência doméstica ou o feminicídio, mas também com o assédio moral, sexual e até mesmo o abuso nos casos mais simples. Já repararam que não há respeito quando uma mulher tenta arrumar algum problema em seu carro, por exemplo? Como ela não entende da situação, sempre tem um jogando preço mais alto, acrescentando mais um serviço aqui e outro ali. Isso também é falta de respeito! É abuso! Não adianta um homem vir pedir igualdade para todos se ele mesmo não pratica isso dentro de sua própria casa!

 

Igualdade para todos

Então vamos lá. Igualdade para todos significa ter mulher à frente do comando de uma empresa, recebendo o mesmo salário que um homem; ou então como motorista de grandes máquinas; ou ainda como soldado na frente de batalha. Ok! Então vamos para o outro lado: homens que trabalham fora também devem limpar a casa, passar a roupa, fazer comida e cuidar dos filhos quando chega do serviço. Homens também devem levar as crianças para a escola, participar das reuniões de classe e das apresentações de dança. Devem estudar com os pequenos, dar banho e coloca-los para dormir… Ok?

 

O perigo está ao lado

Um dos grandes motivos para o feminicídio ter sido implantado no Brasil foi o alto índice de violência doméstica. Mulheres morrem menos que os homens vítimas de homicídio. Porém, o perfil dos assassinatos femininos mostra que elas estão particularmente vulneráveis a serem mortas dentro das suas próprias casas. Ao longo da década, 39,2% dos assassinatos femininos foram praticados em domicílio, contra 15,9% dos masculinos. O maior local de morte dos homens (68,2%) é em ruas ou estradas. A diferença entre as mortes violentas de homens e mulheres não se dá apenas pelo local, mas também em relação às armas usadas. Apesar de a arma de fogo ser utilizada com maior frequência nos assassinatos, os registros femininos apresentam taxas proporcionais mais elevadas de enforcamento, objeto cortante e objeto contundente (Exame)!

 

Não aceita desafio

A promotora de Justiça de São Paulo Valéria Scarance, especializada em gênero e enfrentamento à violência contra a mulher, já analisou mais de 1.000 casos de feminicídio e explica o que há de semelhante entre eles. “O homem mata a mulher por causa de alguma postura adotada por ela que o faz sentir desafiado, desautorizado. É muito comum quando ela se recusa a sair com ele ou quer terminar uma relação”, diz. “É considerada uma morte por menosprezo, uma manifestação de crime de ódio.”


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