A responsável pelo zoológico municipal explicou os procedimentos realizados pelos profissionais e a alimentação balanceada proporcionada para os animais
Nesta semana, algumas pessoas denunciaram uma possível situação de maus-tratos com a onça parda (suçuarana) do Zoológico Municipal por consequência da magreza do animal. Fotos foram postadas nas redes sociais e surgiram boatos e críticas sobre o local.
De acordo com a denúncia, a onça estaria sem bebedouro, muito magra e em um espaço muito apertado.
Em resposta, a responsável pelo setor, a bióloga Ana Paula Chaves Campos, emitiu nota explicando exatamente os procedimentos tomados pelo Zoo para manter seus bichos e a qualidade de vida oferecida a cada um deles.
Segundo a profissional, os animais recebem cuidados técnicos diários, inclusive aos fins de semana; a alimentação é oferecida diariamente, de acordo com as necessidades de cada um e aprovada pelos órgãos fiscalizadores da Secretaria de Meio Ambiente (Centro de Fauna Silvestre de Cativeiro).
Nomeado como Thor, a onça parda macho possui dificuldades para ganhar peso desde filhote. “Porém, alimenta-se muito bem. Foram realizados exames de sangue que comprovam as boas condições de saúde do mesmo. Além da alimentação de rotina, são inseridos complementos vitamínicos além de outros alimentos na forma de enriquecimento alimentar”, destaca.
“A alimentação dos felinos é composta por frango, carne bovina e ração, com complementação com vitaminas, fígado de frango e coração bovino. Periodicamente são realizados programas de enriquecimento alimentar, no intuito de aliviar possíveis condições de estresse ao mesmo tempo em que estimulam os sentidos e exercitam os animais, simulando situações de vida livre”, complementa.
Também é realizada a medicação preventiva dos animais, especialmente com antiparasitários a fim de se prevenir possíveis doenças.
Ana Paula também negou que a suçuarana esteja sem bebedouro. “A água é fornecida em um recipiente de cimento que fica à sombra, próximo ao portão do recinto. Todos os dias a água é trocada. A água dos tanques foi retirada devido ao fato de que as onças defecavam no local deixando-o contaminado e dificultando a limpeza”, ressalta em nota.
A respeito do tamanho do espaço para as onças, a responsável pelo Zoológico não nega uma possível expansão. “Estamos estudando a possibilidade de novos recintos para o Zoo. Porém, a metragem mínima do recinto é estabelecida por lei e estamos em conformidade.”
A biólogo ainda demonstra que os animais não ficam sem alimento ou medicamentos. “A boa qualidade de vida dos mesmos pode ser atestada pelo nascimento de filhotes em cativeiro”, atesta. “Infelizmente, todos os que estão aqui não podem ser devolvidos à natureza pois são provenientes de resgates ou apreensões pela Polícia Ambiental. Esses animais não possuem condições de vida livre, sendo o cativeiro a única forma de se garantir a sua sobrevivência”, completa.
Campos ainda se colocou à disposição para tirar dúvidas da comunidade guairense, afirmando que se encontra diariamente no Zoo. “Garanto que não só o meu trabalho como o da veterinária e de todos os funcionários é realizado com absoluta responsabilidade”, finaliza.