Branco Zanol e seu desafio de difundir o judô pelo país

Cidade
Guaíra, 27 de dezembro de 2021 - 17h25

Em Guaíra, quando a palavra Judô é citada em conversa de amigos, logo vem um nome na memória: Edelmar Branco Zanol, o judoca guairense que deixou para trás várias dificuldades, conquistou o mundo e chegou a garantiu vaga em uma Olimpíada.

O menino franzino que corria pelas ruas de Guaíra em direção aos treinamentos , foi o único judoca da região a participar de duas edições de Jogos Olímpicos (Atlanta/96 e Atenas/2004). Ele saiu de casa aos 13 anos e ganhou o mundo, viajou seis vezes ao Japão, venceu os grandes torneios da Europa. Competiu pela seleção brasileira entre 1993 e 2002. O adeus às competições internacionais aconteceu no tradicional torneio de Tre Torri, na Itália, onde foi vice-campeão. No total, Branco tem 25 medalhas.

Mas um dia na sua história ficou marcado. A data era 26 de agosto de 2000. Nesta data, há pouco mais de 22 anos atrás, o ex-atleta da seleção brasileira, Edelmar Branco Zanol, era informado que definitivamente estava cortado das Olimpíadas de Sydney, na Austrália. A frustração rendeu um isolamento da sociedade por dois meses e a reflexão que mudaria o rumo da sua vida. Naquele momento de profunda tristeza, Branco decidiu que precisava modificar a forma com que via o judô.

Um ano depois, ele inaugurou em Guaíra, no interior de São Paulo, o primeiro núcleo da Associação de Judô Branco Zanol, que foi instalado no antigo Kai-Kan da rua 16, que recebeu o nome de Centro Olímpico Prefeito José Pugliesi – Menininho, em homenagem ao político que antes de falecer, acreditou no seu potencial e fez compromisso em iniciar o projeto no município. O projeto na cidade teve as atividades encerradas, mas até hoje é lembrado no meio esportivo.

Hoje, Branco Zanol é muito mais que um judoca que carrega no peito medalhas, ele é uma referência esportiva.”Difundir os judô pelos quatro cantos deste país é a mesma ideia que Jigoro Kano teve no passado, quando enviou quatro japoneses para ensinar judô pelo mundo”, diz ele como se tivesse uma missão a cumprir.

Ele presta serviço em instituições como DANTE Alighieri no Jardins e UNIFESP. Através do esporte ele construiu amizades como Daiane do Santos e Fofão do Vôlei que estavam no lançamento do seu livro “Metodologia Branco Zanol: iniciação infantil (Bueno Editora), que ocorreu na Livraria Cultura – Conjunto Nacional, na Paulista, em São Paulo. E esta credibilidade conquistada no meio esportivo lhe faz amigo de idéias e de projetos de pessoas como Minotauro e tantos outros, com uma vida vencedora e dedicada ao esporte.

No interior de São Paulo, como é o exemplo de São Joaquim da Barra (SP), o judoca mantém o projeto em formato de Associação Social e tem contribuído pela formação de cidadãos e judocas, que representaram o município em diversas competições.

Do menino que corria pelas ruas de Guaíra, enfrentando as dificuldades, vencendo batalhas, competições e sendo campeão, hoje Branco Zanol também vive a experiência da paternidade. Pai de Bianca, Matheus e Thomaz, projeta um final de ano a ser festejado, principalmente em homenagem àqueles que nos deixaram precocemente. “Chegamos ao fim de um ano muito difícil, mas com muito amor no coração. E poder estar ao lado das crianças e adolescentes de nossos projetos educacionais e sociais novamente é uma sensação indescritível. Que esta energia seja nosso combustível para enfrentar os desafios que surgirão em 2022”, comenta ele.

“PODE SER GRANDE O DESAFIO”

Encare de frente, foto de Branco Zanol como atleta defendendo as cores do tricolor paulista, construindo sua história e seu legítimo respeito pelos grandes do esporte brasileiro!Encarou a vida e sempre lutou pelos seus sonhos, foi atrás até de reencontrar sua mãe biológica depois de 18 anos, na vida pessoal ou profissional caiu por muitas vezes e levantou sempre!


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