“Caminhos da Saudade”

Idelma Bulhões viveu em Guaíra até 1964 é autora do livro “Caminho da Saudade” que encanta as pessoas e uma leitura que enche os olhos com as ilustrações

Cidade
Guaíra, 27 de dezembro de 2021 - 17h11

O título desta matéria, “Caminhos da Saudade”, é o mesmo do livro de Idelma Bulhões, escritora que aos 94 anos disse adeus no 24 de outubro de 2021, em Jundiaí-SP, onde viveu ao lado da filha Beatriz e do genro Osmar Arroyo.

Matas, flores, pássaros, quedas d’água inspiram o livro de poesias, repleto de sentimentos de sua infância, tempos de muito amor e cores. E falando da infância, adolescência e juventude de Idelma que chegamos a nossa cidade, que também faz parte da história da escritora.

Para chegarmos a publicação deste livro e tudo que representa, precisamos fazer uma viagem ao passado de Idelma e sua relação com a nossa cidade.

A história de Idelma com nossa cidade iniciou em 1945, quando seus pais Paulo de Mello Bulhões e Cândida Campos Bulhões e os irmãos Rubens e Ivone mudaram-se de Uberaba (MG) para Guaíra, porque seu pai adquiriu o Cartório de Registro Civil e Tabelião. Envolvido com a sociedade da época, seu pai candidatou-se a prefeito da cidade, sendo eleito, ocupando o cargo por nove meses, no período de janeiro de 1948 a 15 de novembro de 1948.

A família permaneceu em Guaíra até o ano de 1955. Mas suas raízes com as terras guairenses foram além. Casou-se com Luiz Queiroz, que era filho de Manoel Queiroz e Maria de Lurdes Lellis Queiroz. O esposo Manoel perdeu o pai ainda criança e teve como figura paterna, um outro cidadão ilustre da política guairense, o Capitão José Custódio de Lellis e Silva, que foi o primeiro presidente da Câmara Municipal.

Idelma viveu em Guaíra até 1964. Ela é mãe de Luiz Paulo, Carlos Henrique, Bia e Manoel. Mudou-se para Colina, onde teve um cartório. Esta foi a última cidade que conheceu e se tornou amiga do escritor Augusto Cury. Desde 2008, decidiu viver em Jundiaí, junto com a filha Beatriz e o genro Osmar Arroyo até dizer adeus em outubro deste ano.

Ao escrever e publicar o livro Caminho da Saudade, ela deixou aos adultos a sua poesia e para as crianças suas ilustrações. Mostrou que a vida “fecha um ciclo”: começa por uma pequena mudinha, que vai dando galhos ao mesmo tempo em que as páginas avançam e nelas as poesias se sucedem até o final com a árvore da vida, onde todos os animais encontrados pelo caminho se reúnem.

A capa do livro que reproduzimos nesta página, traz um desenho que Idelma fez na infância e que ganhou tratamento especial pelas mãos de Renato Martins Zacarias, responsável pelas ilustrações do livro. Em uma publicação, a filha Bia Bulhões resume o livro escrito pela mãe, o conteúdo e a mensagem que ela deixou em vida.

“Este é um livro que encanta a alma do leitor. Singelo nas palavras que sopram a brisa da saudade. – Quem disse que a saudade representa somente a tristeza? Engano. Saudade é alegria; doces lembranças e a certeza que há pessoas e momentos inesquecíveis.São poesias, versos, trovas, poemas, pequenos contos e muito sentimento colocado em cada palavra ao longo de uma vida.Este é um livro que encanta as pessoas e uma leitura que enche os olhos com as ilustrações.Um conteúdo que consegue imprimir o sentido e sentimento que a saudade nos causa. Vale a pena”, disse Bia.


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