Além de enfrentar a pandemia do novo coronavírus, Guaíra também está tentando combater o mosquito Aedes aegypti. De acordo com dados repassados pela Vigilância em Saúde, desde o início do ano, até agora, são registrados 66 casos positivos de dengue na cidade, 351 negativados e 35 que ainda aguardam resultados dos exames.
Segundo o responsável pela pasta, Maurício Alves, os principais criadouros localizados pelos agentes de endemias, que estão fazendo as visitas frequentes de casa a casa, são os pratos de plantas e tubos de escoamentos de água pluvial. “As pessoas devem perfurar ou colocar areia nos pratinhos das plantas. Agora, quanto aos tubos, devido aos desníveis, acumulam água. Por isso, indicamos que os moradores coloquem água sanitária ou sal nos ralos das casas e mantenham os bebedouros dos animais higienizados”, afirma.
As equipes de combate continuam com o trabalho de visitação nas residências, terrenos e estabelecimentos comerciais em toda a cidade, priorizando algumas localidades que demandam maior atenção. “Estamos realizando limpezas em determinadas residências onde há necessidade de retirada de entulhos, etc. Nossos agentes estão visitando, diariamente, as casas, tomando todas as precauções quanto ao coronavírus, e orientando as pessoas a evitarem água parada e a eliminar qualquer tipo de criadouro desse mosquito transmissor de tantas doenças”, continua o chefe da Vigilância em Saúde.
Devido à pandemia, não há como realizar operações de arrastão, porque demanda uma equipe maior para o serviço. Mas, se os agentes passam em um local de alerta, é agendado com o morador para uma equipe retirar os entulhos. “Não estamos programando porque não dá para trabalhar com uma equipe grande. Mas quando encontramos algum lugar problema, marcamos com o morador e fazemos a limpeza para não ficar para outro dia ou para o proprietário não desistir do problema”, explica Leina.
Maurício orienta que, caso alguém apresente os sintomas da dengue, que procure uma unidade de saúde da família mais próxima de sua residência para evitar a automedicação. “Procure um médico e não se automedique. Há remédios que não podem ser ingeridos quando se está com dengue.”
Pulverização
Como uma das iniciativas para diminuir o número de criadouros do Aedes aegypti, os agentes de endemias estão cuidando dos espaços públicos, pulverizando bueiros e imóveis da prefeitura. O produto utilizado é um larvicida tipo biológico. “Seu nome comercial é Espinosade Natular, que utilizamos para combater larvas em ambientes de escoamento de água. Por exemplo, valetas e bocas de lobo, assegurando um prazo de carência até que se faça a limpeza adequada do local”, cita Maurício.
Locais como o Centro de lazer e Centrinho dos Idosos e valetas de escoamento da Avenida 23, Cohab II, Mutirão III, entre outras, já foram pulverizados.