Centro de Qualificação Municipal receberá o nome de “Neuza Correa Longo”

Homenagem será concedida à cabeleireira que tanto fez por Guaíra. Inauguração do espaço ocorre no dia 21 de maio, com a presença da primeira-dama do Estado, Lúcia França

Cidade
Guaíra, 13 de maio de 2018 - 12h52

A saudosa Neusa Correa Longo será homenageada por seu trabalho incessante na comunidade.

 

 

 

 

 

 

 

O Centro de Qualificação Municipal fará uma grande homenagem a uma mulher guerreira que tanto fez por Guaíra: Neusa Correa Longo. O espaço, que mudou a data de inauguração do dia 11 de maio para o próximo dia 21, por causa da presença ilustre da primeira-dama do Estado Lúcia França, abrigará os projetos do Fundo Social de Solidariedade.

O prédio, localizado na Rua 8 esquina com a Avenida 9, também será a sede do FSS. De acordo com a presidente do setor, a primeira-dama do município, Elaine Olivério Lelis, em funcionamento, o centro disponibilizará cursos de qualificação nas áreas de beleza, panificação, corte e costura, modelagem, bordado em pedraria e também da construção civil. Como as dimensões permitem, o imóvel receberá ainda o brechó social e a “Lojinha do Bebê” do programa Amor de Mãe/Amor de Pai.

“Nada mais justo do que homenagearmos esta grande mulher, que trabalhou durante tantos anos visando o bem-estar e a autoestima das mulheres guairenses. Ela também fazia de tudo pelo lado social e se dedicava aos pacientes do HC de Barretos. Neusa tem tudo a ver com a nossa intenção no Centro, de capacitar e melhorar a vida das pessoas”, declara Elaine.

Quanto ao Centro, a presidente do FSS classifica-o como uma grande conquista para o município. “Tanto para aqueles que precisam se qualificar para adentrar o mercado de trabalho, quanto para aqueles que queiram abrir o seu próprio negócio. Todos terão a oportunidade de aprender uma nova profissão. Para os projetos já desenvolvidos pelo Fundo Social, o ambiente será muito mais aconchegante, garantindo um atendimento mais humanizado”, explica.

Para o prefeito José Eduardo, esta é uma forma de oportunizar a geração de empregos e renda para o cidadão. “Com isso, nossa administração mostra que, com seriedade e responsabilidade, é possível desenvolver projetos que atenderão as necessidades da população. Em um mundo tão competitivo, a administração pública tem que criar condições para que o trabalhador esteja preparado”, afirmou.

NEUZA CORREA LONGO

 

 

 

 

 

 

 

 

Espírito acolhedor foi sua marca. Com seu jeito todo particular de conduzir o salão, seu dia-a-dia foi costurado com carinho, amizade e simpatia entre suas funcionárias e clientela. Esta era Neuza Correa Longo, que, por mais de 45 anos, exerceu a profissão de cabeleireira em Guaíra.

A energia positiva e empreendedora que fluía de Neuza vinha do seu jeito batalhador. Desde menina trabalhava em salão de beleza. Após o casamento resolveu parar de trabalhar, mas depois de três anos iniciou as atividades novamente.

Começou em casa, com a área de trabalho no canto da sala. Os filhos ficavam ao redor da barra da saia. Apesar de tempos difíceis, Neuza dizia que foi muito bom.

No início, a maioria das clientes eram evangélicas e faziam penteados em longos cabelos. Depois, Neuza foi se aprimorando com cursos de cabeleireiro, estética facial e Mega hair e, assim, se tornou uma das profissionais mais procuradas de Guaíra e região quanto ao quesito enxertia de madeixas.

Mãe de cinco filhos e vovó de 12 netos, a cabeleireira chegava a trabalhar de 10 a 12 horas por dia. As dificuldades foram superadas com sua religiosidade e força da fé.

Sempre sorridente, Neuza contava fatos inusitados que aconteceram nos longos anos de profissão. Como uma certa vez, que estava preparando duas noivas irmãs e que iriam se casar no mesmo dia. Quando, de repente, uma delas perdeu a aliança. Foi um sufoco. Todos procurando e nada.  Solução: a cabeleireira emprestou a sua aliança para que ela se casasse, no entanto, o anel foi encontrado na última hora, no jardim.

Apesar da correria, Neuza ainda dedicava tempo para boas ações. Em atos solidário, ela fabricava perucas para o Hospital do câncer em Barretos. Considerava um gesto pequeno, mas, satisfazia-se em ver a felicidade dos pacientes mais carentes ao receberem a peruca.


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