Colunista

A Pílula azul ou a vermelha

Quando estamos em uma nova jornada, vivenciando a necessidade de um processo de mudança, passamos por várias fases. Já vimos, nas colunas anteriores, três delas: o mundo comum (consciência limitada de nossos problemas); o chamado à aventura (quando percebemos novas necessidades); e a resistência à mudança (mesmo precisando mudar, percebemos uma forte vontade de permanecer onde estamos). 

Assim, precisamos de uma força especial para vencermos o medo, a resistência, a preguiça de seguir em frente nesse novo caminho.

É quando se instala uma situação de conflito interno (em meio a gritos de alerta, como diz Gonzaguinha, na canção de mesmo título): há um lado carente dizendo que sim (entendemos a importância dessa mudança) / e essa vida da gente gritando que não (uma força procrastinadora nos travando no mesmo lugar).

Como somos seres sociais e não há a menor probabilidade de dois indivíduos pensarem de forma igual em tudo, no mesmo instante, uma conversa com outra pessoa nos permite ampliar a nossa visão, de modo que possamos perceber novas possibilidades. 

Essa outra pessoa exerce o papel arquetípico da velha sábia (ou velho sábio), que nada mais é do que o encontro com o mentor.

É incrível que, por mais que estejamos em um processo de resistir às mudanças, mas, ao mesmo tempo em um conflito interno que nos deixa a dúvida (ou seja, sabemos a importância de mudar), aparece alguém para nos estimular, para nos mostrar as novas possibilidades desse novo mundo, dessa nova vida.

No filme Matrix, Neo se encontra com Morpheus, o seu mentor. Esse encontro abre novas portas, novas visões, novas possibilidades. Porém, também é mostrada as dificuldades que aparecerão ao seguir em frente, em entrar nesse novo mundo. 

E é esse o papel do mentor. Não só mostrar as benesses que surgirão ao final da jornada, mas as dores, os conflitos. Que encontrará amigos, aliados, mas, também, inimigos, pessoas que trabalharão para que você não conclua a sua jornada. Tudo isso é inevitável.

Então, o mentor mostra e fornece ferramentas, subsídios, caminhos, conhecimento, capital intelectual, para que o mentee, o herói, vença a jornada. Depois disso tudo, a decisão de seguir em frente, ou não, é dele, do personagem principal da história.

E, para essa decisão, é como Morpheus faz com Neo, ao oferecer-lhe duas pílulas: uma azul e uma vermelha. Com a primeira, tudo ficará como está. É o fim da possibilidade de mudança. Com a segunda, um novo mundo se apresenta, com todas as suas dificuldades, mas, também, com novas possibilidades de sucesso. 

E você, qual você escolhe?

Pense nisso, se quiser, é claro!

 

Prof. Ms. Coltri Junior é estrategista organizacional e de carreira, palestrante, adm. de empresas, especialista em gestão de pessoas e EaD, mestre em educação, professor, escritor e CEO da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior 


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