Colunista

Eu quero minha mãe!

Quando entramos em uma jornada que provocará mudanças em nossas vidas, depois das fases que passamos como descrito nos artigos anteriores, há um momento em que os obstáculos aumentam e um perigo maior parece se aproximar.

As coisas começam a dar errado. Muitas pessoas, ao invés de ajudar, atrapalham a nossa caminhada, colocando mais obstáculos ainda. Funcionam como Guardiãs do Limiar, posicionando-se como barreiras à nossa caminhada tranquila (que não existirá) para o sucesso.

Nesse momento, a vontade de desistir aparece e se torna forte. Em O Mágico de Oz, por exemplo, uma das representações dessa fase é quando o Leão diz: “só tem uma coisa que eu gostaria que vocês fizessem, amigos”. O Homem de Lata e o Espantalho, então, perguntam: “O que é?” E o Leão responde: “Me façam desistir!”

O problema, você se lembra do artigo anterior, é que o Rubicão foi atravessado. Não há mais volta! Não adianta mais chorar, nem chamar pela mãe!

Por isso a importância de passarmos bem pelo mundo comum, de entendermos que há riscos, de termos contato com a ajuda do mentor. Ou seja: o nosso objetivo foi testado, pensado, planejado e, principalmente, temos a certeza de que ele arde no peito (uma chama que nos chama, como diz Humberto Gessinger, na canção Túnel do Tempo). 

Aqui, agora, é a hora da coragem (seguir em frente, apesar do medo). Estamos chegando no meio da jornada. O maior problema a ser enfrentado está bem na nossa frente. Essa fase é chamada de Aproximação da Caverna Secreta. 

É lá que se encontra a nossa provação suprema. Portanto, além da coragem, antes de respirar fundo e enfrentar o desafio maior, é preciso lapidar a preparação, erguer um acampamento de base, planejar os últimos detalhes, estudar melhor o “inimigo”, seja ele o que, ou quem, for. Em nosso dia a dia, é como se estivéssemos à véspera da prova semestral, do vestibular, da entrevista de emprego, da nossa primeira fala em uma palestra etc. 

Além desse preparo direto, é o momento, também, de, depois de feito o que tinha que ser feito, descansar a mente, abrir o coração, cantar uma bela canção, olhar a vida de um modo mais singelo.

Assim, além estar preparado(a) tecnicamente para enfrentar os que a caverna nos oculta e nos prepara, nos colocamos em uma condição emocional superior, amena, porém atenta, lúcida, racional, mas com o coração aberto.

Assim, se você estiver nessa fase, é hora de se preparar e acalmar seu coração. E, como não tem mais como voltar, é hora de entrar definitivamente na caverna! Mais uma vez, como diz Almir Sater e Renato Teixeira, é: “compreender a marcha e ir tocando em frente”! 

Pense nisso, se quiser, é claro!

 

Prof. Ms. Coltri Junior é estrategista organizacional e de carreira, palestrante, adm. de empresas, especialista em gestão de pessoas e EaD, mestre em educação, professor, escritor e CEO da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior 


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