Colunista

Vai dar tudo certo, não vai?

Depende! Certa vez, sai de Cuiabá e fui a outra capital para fazer um trabalho de consultoria. Tinha uma reunião agendada às 16h. 

Por conta dos horários e quantidade de voos, conexão etc., precisei sair de madrugada de casa para chegar lá por volta das 15h. Fui para o hotel, tomei um banho e me dirigi ao local agendado. Chegando lá, a pessoa responsável pelo trabalho me recebeu dizendo que a reunião precisou ser desmarcada. Tínhamos mais dois dias de trabalho, mas com a agenda cheia. Não havia espaço para essa reunião em outro dia. Ela, então, me perguntou: “mas vai dar tudo certo, não vai?”.

Esse tipo de situação nos coloca em uma encruzilhada. Como não tem mais tempo na agenda, é óbvio que não vai dar certo. Por outro lado, para não nos indispormos, temos a tendência de falar que sim, que tudo se encaixa. Mas, não, há momentos e situações em que as coisas não se encaixam.

Por isso, naquele momento, eu não poderia dizer que iria dar certo, porque não iria. Mas, também, se vou na “goela” dela e digo que não vai dar certo e falo tudo o que estou pensando (falta de comprometimento, responsabilidade e respeito deles), o trabalho acaba ali. Então, respondi com o corpo, mostrando um sinal de dúvida. Voltei no outro dia e vida que segue…

Na semana passada falamos sobre comprometimento com a jornada. Eu tive, eles não. E esse é o passo seguinte que enfrentamos em nossos ciclos de vida, de trabalho, de relacionamentos. 

Quando nos comprometemos, não é garantia de que tudo vai dar certo. Há outras pessoas envolvidas. Muitas vezes, aquilo que precisamos fazer vai interferir na vida de outras pessoas. Quando as expectativas são as mesmas, ganhamos aliados. Quando não, surgem “inimigos”, pessoas que não se importarão com as responsabilidades que assumimos, ou até trabalharão contra.

Dessa forma, enfrentamos vários testes. E aí é que está o segredo. Mais uma vez a nossa força de vontade, o nosso foco e a certeza de que o nosso caminho é esse, são testados. Quando tomamos a decisão de continuarmos no caminho, apesar das adversidades, nossos aliados se entusiasmam e a relação se fortalece. Portanto, todos ganham força.

Quanto aos “inimigos”, não temos que “matá-los”, não é essa a ideia. Temos o árduo trabalho de contornarmos a situação e trabalharmos duas possibilidades: isolarmos, ou tentar trazê-los para o nosso caminho, para fazer parte positiva da nossa aventura.

E vai dar tudo certo? Não sei. Ainda estamos na metade da jornada. E só saberemos seguindo em frente. E mais: se nos depararmos com testes, aliados e inimigos, é sinal de que estamos no caminho certo. É normal. Faz parte!

Pense nisso, se quiser, é claro!

 

Prof. Ms. Coltri Junior é estrategista organizacional e de carreira, palestrante, adm. de empresas, especialista em gestão de pessoas e EaD, mestre em educação, professor, escritor e CEO da Nova Hévila Treinamentos. www.coltri.com.br; Insta: @coltrijunior 


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