Como o resultado do primeiro turno impacta a composição do Senado

Cidade
Guaíra, 17 de outubro de 2022 - 09h38

Pela primeira vez em 25 anos, o Senado terá um novo partido como maior bancada da Casa. O PL, legenda do presidente da República, Jair Bolsonaro, terá pelo menos 13 senadores a partir de 2023 — um salto de 11 senadores em relação ao início da legislatura atual, em 2019. O PSD, partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, terá 11 senadores e será a segunda maior bancada.

 

Assim como na Câmara, no Senado o PL desbancou o MDB que há mais de três décadas era o maior partido da Casa e foi o maior vitorioso nas urnas. Dos 27 senadores eleitos, o PL elegeu oito, o dobro dos eleitos pelo PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, que emplacou quatro.

 

A bancada do PL pode chegar a 15 membros, dependendo do resultado do segundo turno das eleições estaduais. Dois senadores do partido disputam o governo de seus estados. Se perderem, engrossarão a bancada. Se vencerem, serão substituídos por suplentes de outros partidos. As eleições estaduais também podem acrescentar um senador ao PSD, um ao MDB e um ao União Brasil, dependendo dos resultados.

 

Ainda permanece indefinida a situação de cinco senadores que disputarão o segundo turno para o cargo de governador: Jorginho Mello (PL-SC), Rogério Carvalho (PT-SE), Marcos Rogério (PL-RO), Eduardo Braga (MDB-AM) e Rodrigo cunha (União-AL). Os mandatos de todos eles vão até 2027, por isso, caso não sejam eleitos, eles poderão voltar ao Senado. 

 

Com esse resultado, o partido de Bolsonaro começará a próxima legislatura, caso não haja mudanças, com 14 senadores.

 

Outros partidos

 

O União Brasil, fundado a partir da junção do Democratas e do Partido Social Liberal (PSL), garantiu cinco assentos no Senado e em 2023 terá 12 senadores. Já os petistas terão nove representantes e ficarão atrás do PSD, que terá dez, e do MDB, que perdeu três assentos e também sai do pleito com dez senadores.

 

Impactos

 

O tamanho das bancadas tem impacto direto no funcionamento do Congresso. Isso porque as presidências das comissões da Câmara e do Senado, por onde passam as propostas legislativas, são definidas a partir da proporcionalidade partidária.

 

O mesmo ocorre com as vagas na Mesa Diretora das duas Casas. Na prática, os partidos ou blocos que elegem mais nomes também ganham prioridade para ocupar cargos mais importantes.

 

O desenho da nova composição também influencia na governabilidade do próximo presidente da República, que terá que buscar apoio dos partidos para votar reformas e pautas que considerar prioritárias em seu mandato. Outra consequência é vista na divisão dos recursos do Fundo Partidário, feita entre os partidos de acordo com a votação para deputado federal.

 

Confira no quadro 


TAGS:

OUTRAS NOTÍCIAS EM Cidade
Ver mais >

RECEBA A NOSSA VERSÃO DIGITAL!

As notícias e informações de Guaíra em seu e-mail
Ao se cadastrar você receberá a versão digital automaticamente