Covid-19: Guaíra está próxima dos 140 óbitos e cidade continua movimentada aos finais de semana

Até a manhã de ontem, eram 137 mortes e 14 internações na Santa Casa de Guaíra. Desde o dia 19 de maio, Hospital Nossa Senhora (Barretos) não atende mais pacientes com coronavírus; são 52 leitos a menos para a região

Cidade
Guaíra, 21 de maio de 2021 - 11h06

Ao andar pela cidade, no último final semana ou ainda no feriado de 18 maio, a impressão era de que não havia uma pandemia de covid-19. O Parque Maracá estava completamente lotado, com pessoas caminhando em seu calçadão, ou sentadas pelos bancos espalhados pela área, ou ainda jogando ou assistindo às partidas de vôlei ou de basquete pelas quadras do Complexo Esportivo Ricardo Graner Lélis. Poucas usavam máscaras.

Para quem está ciente do número de positivados para a doença, ou de mortes, a cena chegava a ser assustadora. Até a manhã de ontem (20), o município registrava 137 mortes, com 11 pessoas internadas na Santa Casa e 3 no Pronto Socorro, aguardando para internação. 

Segundo informações coletadas, estão aparecendo muitas contaminações entre familiares e profissionais de saúde sugerem que isso pode ser reflexo do dia das mães (são de 2 a 3 dias de contaminação e sintomas pioram após 7, 8 dias).

A situação se agrava ainda mais ao analisar o cenário regional, já que desde o dia 19 de maio, o sistema público de saúde deixa de contar com 52 leitos de UTI do Hospital Nossa Senhora Aparecida para atendimento a síndromes gripais agudas da região. Agora, são somente os 10 leitos da Santa Casa de Misericórdia e os 12 do AME, em Barretos, para atender as cidades vizinhas e os seus próprios munícipes. 

A expectativa é que a situação dos pacientes na fila de espera por uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva possa ser minimizada com os 10 leitos da nova UTI de Guaíra, assim que for inaugurada. Lembrando que esse atendimento de alta complexidade na Santa Casa guairense será estendido para pacientes de toda a região.

Fiscalização 

Enquanto o município está entre os destaques regionais com o maior número de óbitos pelo novo coronavírus (proporcional ao número de habitantes), festas continuam sendo realizadas e aglomerações ocorrem em diversos pontos da cidade. Os profissionais de saúde ressaltam, mais uma vez, a conscientização das pessoas para evitar essas confraternizações neste momento e também solicitam que o governo municipal intensifique a fiscalização em pontos públicos, assim como as autoridades policiais em determinados locais. 

“Como não estão divulgando as mortes, parece que as pessoas acham que o vírus parou de circular pela cidade. Não parou! Casos continuam acontecendo diariamente e nosso hospital continua com muitas internações. Não é hora de relaxar, não podemos ainda nos dar esse ‘luxo’”, desabafou um profissional, que pediu para não ser identificado, com medo de represálias. 


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