Dra. Bia Junqueira atribui problema da falta de água a má gestão e falta de investimentos

A parlamentar afirma que devido à falta de planejamento da atual gestão, nos últimos anos, o DEAGUA não investiu no sistema de tratamento e abastecimento de água da cidade e que racionamento não pode ser atribuído apenas ao período de estiagem

Política
Guaíra, 16 de agosto de 2020 - 08h10

De acordo com a vereadora Ana Beatriz Coscrato Junqueira, o racionamento de água que atinge o município de Guaíra nos últimos dias pode estar relacionado a mais um episódio da falta de planejamento e investimento da atual administração dentro do Departamento de Esgoto e Água de Guaíra (DEAGUA), que é responsável por levar água tratada para os lares dos guairenses.

Nesta semana, a Dra. Bia Junqueira entrou na discussão sobre abastecimento na cidade e confirmou em sua Live realizada no Facebook, na última quarta-feira (12), o que boa parte da população já vinha notando:  nos últimos anos pouco foi investido no sistema da cidade, inclusive, com vários problemas de manutenção em poços profundos, que hoje chegou ao seu limite.

Ela, que já realizou visitas na Estação e Tratamento de Água na atual gestão, afirma que falta investimentos na estrutura, principalmente no que diz respeito aos equipamentos que precisam ser modernizados. “O que eu vi na ETA é apenas o reflexo do problema que estamos tendo hoje na cidade, que é a falta de água. Lá, existem perdas de água tratada, equipamentos que precisam ser atualizados, além da falta de estrutura para receber a água tratada, como reservatório. Paralelo a isto, a cidade cresceu e a nossa rede não foi modernizada”, comentou.

Para Bia, a alegação que o período de estiagem diminuiu a vazão do Ribeirão do Jardim (que abastece a Estação de Tratamento do Água) e dos dois poços profundos existentes na cidade e que são abastecidos pelo Aquífero Guarani, não passa de uma tentativa da atual administração de justificar a sua falta planejamento e investimentos que deveriam ter sido feitos ao longo dos três primeiros anos do atual governo.

Instruída por especialistas da área, Dra. Bia Junqueira afirma que não acredita na tese de racionamento por conta do longo período de estiagem. Para ela, tanto prefeito, como o gestor do DEAGUA, não percebeu que a cidade cresceu, o consumo aumentou e, com isso, era necessário que a autarquia realizasse obras.

“O que faltou foram investimentos na autarquia. Basta usar a lógica e ver qual obra, qual ação na área de abastecimento de água foram realmente efetivados pelo DEAGUA nestes últimos anos. Nenhum reservatório, nenhuma melhoria na Estação de Tratamento ou investimento em um plano de melhor distribuição da água pelos bairros da cidade. Querem, a todo custo, justificar com a estiagem, a falta de um plano de ação para evitar que chegássemos a este ponto de ter que promover racionamento, porque não temos estrutura”,  argumentou.

No ano passado, a cidade enfrentou o mesmo problema da falta de água, mas a culpa foi jogada em bombas dos poços profundos. “Sem nenhuma válvula de escape, o gestor da autarquia penalizou a população com períodos de desabastecimento. Foi necessário adquirir, às pressas, bombas para que os poços retornassem a funcionar normalmente. A falta de estrutura é comprovada quando,  inclusive, ocorreu a proposta de construção de um reservatório de água no poço profundo do bairro Tonico Garcia.” Até hoje, esta obra não foi iniciada pela administração municipal.

Para ela, justamente porque não fizeram a lição de casa no primeiro ano de gestão, a conta pela irresponsabilidade já estava batendo a porta. “Além disto, contrataram uma agência reguladora para mostrar, nortear as ações da autarquia no enfrentamento, mas o que se viu foram mais desculpas na tentativa de encobrir o que não fizeram em mais de três anos”, ressaltou.

“Na gestão anterior, o prefeito retirou dos cofres da autarquia de R$ 900 mil com a justificativa de compensar por funcionários cedidos. Entrei na Justiça e impedi o uso deste recurso e ficou compromisso do atual prefeito, já na transição entre governo, que este dinheiro seria devolvido ao DEAGUA. Até hoje, não foi devolvido. Ou seja, um valor que poderia servir para fazer investimentos no abastecimento acabou por ser utilizado pela prefeitura, que tem um orçamento rico. Faltou planejamento, faltou ação e não podem justificar esta incompetência com a falta de chuvas. Eles contrataram uma agência reguladora e qual resultado tiveram? Poderiam, ao menos, falar a verdade para nosso povo que seria mais honesto”, esclareceu Dra. Bia Junqueira.

Para acompanhar as opiniões da vereadora Bia Junqueira, procure no Facebook por Dra. Bia Junqueira.


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