O dia 12 de outubro é mais do que um feriado; é um chamado à consciência nacional. Nesta data de dupla sacralidade, onde celebramos o Dia das Crianças e Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, confrontamos a fé que nos ampara com a urgência da nossa responsabilidade social.
Milhões de brasileiros buscam hoje a força de Nossa Senhora Aparecida, a imagem humilde encontrada nas águas, que simboliza a esperança em meio às dificuldades. E assim como Nossa Senhora zela por nós, seus filhos, devemos nós fazer o mesmo com as crianças, que são a nossa maior promessa de futuro. A devoção não pode ser refúgio para a inação. O manto de Aparecida exige um grito de alerta em defesa dos mais frágeis.
O Dia das Crianças expõe a brutalidade das nossas desigualdades. Por trás dos presentes e da celebração, está a realidade de milhões vivendo sob a sombra da miséria, da violência e da negação de direitos básicos como saúde e educação. Não podemos celebrar a infância enquanto ela for sinônimo de vulnerabilidade. A pureza que Jesus valorizou nos pequenos torna o sofrimento infantil um ultraje à nossa fé e à nossa humanidade.
O 12 de outubro é o dia de assumir um compromisso inadiável: transformar a oração em ação. Que a fé nos mova do Santuário para a linha de frente, exigindo e construindo políticas públicas que protejam e nutram. O melhor “presente” para uma criança é um futuro digno, erguido sobre escolas de qualidade, segurança e assistência social efetiva.
Neste dia, o Brasil tem a chance de unir a força de sua crença à urgência de sua responsabilidade. Que, inspirados pelo Zelo da Padroeira, deixemos de apenas “ter” crianças e passemos a cuidar delas com a prioridade que merecem. A saúde da nossa nação depende da felicidade de cada criança. O futuro do Brasil está em jogo.