Em pleno século XXI, a falácia ad hominem, a arte de atacar o mensageiro em vez de confrontar a mensagem, continua a prosperar. Surpreendentemente, essa tática retrógrada ainda encontra entusiastas que preferem desqualificar indivíduos a debater ideias.
Imagine um cenário onde um argumento sólido, apoiado por evidências, é apresentado. Em vez de responder com lógica, o oponente ataca a personalidade do interlocutor. E, curiosamente, a plateia muitas vezes aplaude. Afinal, por que se dar ao trabalho de refutar ideias quando se pode simplesmente desacreditar quem as apresenta?
Em um mundo dominado pelas redes sociais, a falácia ad hominem floresce. Discussões são transformadas em duelos de insultos, onde o conteúdo é secundário e a habilidade de ataque pessoal é o que importa.
Desacreditar uma mensagem ao questionar o caráter do mensageiro é mais fácil do que enfrentar a complexidade dos argumentos. E qual é o impacto disso? A qualidade do debate público sofre, mas será que alguém se importa? O espetáculo de ataques pessoais é mais atraente, para uma sociedade que não quer resolver problemas complexos através do diálogo e da argumentação crítica? Que tédio seria!
Se não ficarmos atentos a este tipo de indivíduo, eles continuaram a prosperar, alimentados pela sede de controvérsias vazias e aversão ao debate racional. Porque, no fim das contas, quem precisa de progresso quando se pode lucrar com um bom espetáculo de desmoralização? Fique atento.