O município é o principal ator no apoio à valorização da cultura local. Enfrentar seus desafios e apoiar suas potencialidades culturais é o melhor caminho para preservar nosso patrimônio cultural.

Nossa identidade cultural, é um sistema de representação das relações entre indivíduos e grupos, que envolve o compartilhamento de patrimônios comuns como a língua, a religião, as artes, o trabalho, os esportes, as festas, entre outros. É um processo dinâmico, de construção continuada, que se alimenta de várias fontes no tempo e no espaço.

Acontece que, com o processo de globalização estas identidades culturais não apresentam hoje contornos nítidos e estão inseridas numa dinâmica cultural fluida e móvel. E cabe às pastas de cultura dos municípios, propor alternativas para reverter ou mesmo diminuir os impactos negativos que esta “nova ordem” pode trazer.

A nova diretora do Departamento de Cultura, Deise Garcia, tem mostrado em pouco tempo, que a cultura pode fazer a diferença. Assumiu o cargo com a responsabilidade de dar uma nova cara para pasta, resgatando valores culturais, guardados ou esquecidos por uma sociedade cada vez mais conectada, mas, que está perdendo sua identidade, suas raízes, e como consequência, temos vistos manifestações extremadas, em que nacionalismos, fundamentalismos, xenofobias, preconceitos, são ressuscitados e lutas sem fim são travadas em nome da preservação de “identidades” que na maioria ninguém sabe quais são.

A pasta da cultura tem muito trabalho pela frente na proteção da nossa cultura local, em um contraponto ao universalismo e relativismo cultural, tão em moda nos dias atuais. Preservar as diversidades e as expressões dessa, não deve ser o trabalho de poucos, e sim, a busca constante de toda a sociedade.