Há ditados populares que, ao longo dos anos, transcenderam gerações e se tornaram parte integrante do nosso repertório linguístico e cultural. Um deles é o conhecido “Quem fala demais dá bom dia a cavalo”. Por trás dessa expressão aparentemente simples, há uma sabedoria que merece ser analisada e posta em prática em nossa vida cotidiana.

O ditado sugere que o excesso de palavras pode ser contraproducente e até mesmo prejudicial. Quando falamos incessantemente, sem ponderar sobre o que dizemos, arriscamos desperdiçar nossa energia verbal em conversas fúteis ou até mesmo de revelar informações desnecessárias. Nesse sentido, a imagem do cavalo recebendo um cumprimento tão básico como “bom dia” serve como uma metáfora que ilustra como palavras vazias podem ser tão inúteis quanto um gesto mal direcionado.

Comunicar-se é essencial para o funcionamento saudável das relações humanas e para o progresso da sociedade. O que esse provérbio nos lembra é da importância de sermos conscientes e seletivos em nossa comunicação. Devemos cultivar a habilidade de falar com significado e propósito, escolhendo nossas palavras com cuidado, buscando ser precisos e concisos em nossa expressão, comunicando nossos pensamentos e sentimentos de forma clara e eficaz. É preferível falar pouco, mas com substância, do que falar muito, mas sem dizer nada de relevante. 

Em um mundo inundado pelo ruído da comunicação constante, vale a pena lembrar do sábio conselho por trás desse ditado popular. Às vezes o silêncio pode ser mais eloquente do que mil palavras. Às vezes, o silêncio é solidão, vazio, dor e tristeza. Outras vezes, é desistência, quando se chega à conclusão que é inútil insistir em algo ou alguém, tentar convencer, clamar por atenção e reciprocidade. Ele pode também significar desapego, libertação, livramento. Esvaziamento de algo que já não faz mais sentido.