Ninguém mais é capaz de fazer uma análise consciente de como “anda” a política no Brasil. Os analistas de plantão estão fazendo as contas para ver se o impeachment sai ou não sai. Se sair, estão também analisando se Michel Temer assume ou não assume a presidência…
Acontece que Cid Gomes, irmão de Ciro Gomes, deve entrar com um pedido de impeachment contra Michel Temer.
Na peça, Gomes vai elencar seis situações em que o vice-presidente ou o PMDB foram citados na Operação Lava Jato, que poderiam configurar crime de responsabilidade. Um dos casos citados foi o da mensagem do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), encontrada no celular apreendido de Leo Pinheiro, dono da OAS. Segundo o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, Cunha “cobrou Leo Pinheiro por ter pago, de uma vez, para Michel Temer a quantia de 5 milhões de reais, tendo adiado os compromissos com a ‘turma'”.
Gomes deixou de fora a questão das pedaladas fiscais por não considerá-las crime de responsabilidade.
Para ele, o País deve começar a se recuperar no próximo ano e não poupou críticas ao vice-presidente Michel Temer, a quem chamou de “chefão” do estilo achacador, e ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que seria um “morto-vivo”’ e “motivo de chacota”.
Segundo Cid, a crise política é resultado de “uma relação promíscua, podre, baseada no fisiologismo e na chantagem, no achaque” entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo. Gomes ressaltou que a presidente Dilma Rousseff teve que se render a esse sistema, mas não é a primeira. “Dilma teve que se render a isso. Ela até tentou resistir no começo. O Lula fez, o Fernando Henrique também fez”, disse.
Este é o nosso Brasil.