
No contexto atual, onde redes sociais muitas vezes substituem conversas profundas e onde “likes” são vistos como uma medida de afeto, é fundamental refletir sobre a qualidade das nossas interações. Curtir uma foto ou mandar uma mensagem rápida é conveniente, mas não substitui a riqueza de uma conversa face a face ou o conforto de um abraço. Precisamos nos perguntar: estamos realmente presentes na vida dos nossos amigos, ou apenas existimos como sombras digitais?
O chamado à ação é claro: precisamos encontrar tempo para aqueles que são importantes para nós. Isso pode significar uma visita surpresa, um telefonema prolongado ou simplesmente um gesto que mostre que nos importamos. Tais atos de presença e atenção são os tijolos que constroem e mantêm a estrada limpa e acessível da amizade.
Na correria do nosso cotidiano, onde cada minuto parece estar cronometrado, é fácil deixar de lado aquilo que mais importa: as relações humanas. Um velho provérbio árabe nos oferece uma lição: “Se tens um amigo, visita-o com frequência, pois as ervas daninhas e os espinheiros invadem o caminho por onde ninguém passa.” A mensagem é clara: a amizade, como um jardim, precisa de atenção e cuidado constantes. Caso contrário, os obstáculos do esquecimento e da negligência tomarão conta.
Ao invés de permitir que as ervas daninhas da negligência tomem conta, devemos nos esforçar para “visitar” nossos amigos frequentemente, cultivando relações que não apenas sobrevivam, mas floresçam em meio aos desafios da vida moderna. O investimento no outro é, em última análise, um investimento em nossa própria felicidade e bem-estar.

