A MÁGICA DA ACCOUNTABILITY

Editorial
Guaíra, 19 de julho de 2024 - 18h15

Accountability é um desses termos ingleses que adoramos adotar, talvez porque soa mais chique do que “responsabilização” ou “prestação de contas”. Basicamente, significa que indivíduos, organizações ou instituições precisam responder por suas ações, decisões e políticas. E, claro, isso inclui se submeter a sanções caso façam besteira.

Na era da transparência e da responsabilidade — ou pelo menos, da exigência incessante por elas — líderes e governantes devem ser tão claros quanto uma janela recém-limpada. Eles precisam comunicar suas decisões de forma cristalina e estar sempre prontos para a avaliação crítica da sociedade. Porque, convenhamos, quando sabem que vão ser responsabilizados, nossos queridos políticos tendem a agir com um pouco mais de cuidado. Isso geralmente resulta em menos desperdício de dinheiro público, políticas mais bem planejadas e, no final das contas, uma sociedade um pouco menos caótica.

Erros? Sim, eles acontecem. Afinal, a gestão pública não é uma tarefa fácil. Mas o crucial é como os líderes lidam com esses erros. Admitir falhas, aprender com elas e corrigir o curso são atitudes que fortalecem a democracia e restauram a confiança pública. Os políticos que realmente entendem o conceito de accountability estão dispostos a ouvir críticas (mesmo que doam) e fazer as mudanças necessárias para melhorar suas políticas e práticas.

Essa é a espinha dorsal de uma governança eficaz e justa. Precisamos acabar com o ciclo vicioso da impunidade, onde os maus líderes se sentem tão confortáveis que continuam suas práticas prejudiciais sem medo de enfrentar consequências reais. Afinal, accountability é a mágica que transforma líderes em servidores públicos verdadeiramente responsáveis. 

 


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