A Política Não é um Jogo de Futebol

Editorial
Guaíra, 13 de dezembro de 2023 - 12h29

Na democracia, a escolha de nossos representantes políticos é um ato que transcende a simples torcida por um time de futebol. A analogia entre eleições e esportes pode, muitas vezes, ser enganadora, levando a uma visão simplista e perigosa da política. Afinal, ao contrário de uma partida de futebol, onde um time vence e outro perde, as consequências de uma escolha política afetam a sociedade como um todo, independentemente de quem ganhe ou perca no jogo eleitoral.

Assim como no futebol, as campanhas eleitorais são marcadas por discursos apaixonados, cores vibrantes e torcidas fervorosas. Contudo, é crucial compreender que, ao contrário de uma partida esportiva, onde a rivalidade é temporária e muitas vezes saudável, as decisões políticas têm implicações duradouras e profundas na vida de toda uma nação.

Ao eleger um representante, não estamos simplesmente escolhendo um time para torcer, mas sim delegando poder e responsabilidade a alguém que terá impacto direto em políticas públicas, na economia, na educação e em tantas outras áreas vitais. É um ato que vai além da paixão momentânea, exigindo uma reflexão séria sobre as ideias, propostas e histórico do candidato.

O perigo de tratar a política como um jogo de torcidas é evidente quando percebemos que, ao final das eleições, não há um vencedor único, mas uma sociedade que pode tanto prosperar quanto sofrer com base na competência e integridade de seus líderes. As consequências de uma escolha política são coletivas, e a ideia de “ganhar a eleição” não deve se sobrepor à busca por políticas que beneficiem a todos.

A democracia, ao contrário do esporte, não se resume a uma vitória ou derrota; é um processo contínuo de tomada de decisões que moldam o presente e o futuro de uma nação. Ignorar isso e tratar as eleições como um mero espetáculo pode resultar em escolhas superficiais, baseadas em emoções passageiras, sem levar em consideração as reais necessidades e desafios enfrentados pela sociedade.

Portanto, é imperativo que abandonemos a visão simplista de eleições como competições esportivas. Em vez disso, devemos abraçar a responsabilidade de escolher nossos representantes com base em critérios sólidos, considerando as implicações de longo prazo de cada decisão. Na política, ao contrário do futebol, não há espaço para vitórias solitárias; o verdadeiro triunfo está em construir uma sociedade justa e próspera para todos.

 


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