“A quem muito foi dado, muito será pedido” (Lucas 12:48)

Editorial
Guaíra, 1 de maio de 2022 - 14h17

 

Hoje, 1º  de maio, é feriado nacional no Brasil. Mas nem sempre foi assim! A história do nosso país está repleta de lutas pelos direitos dos trabalhadores. E a mais emblemática delas aconteceu em 1917 na cidade de São Paulo. Nessa época, os trabalhadores se uniram em uma greve geral para reivindicar melhores condições de trabalho e salários dignos.

 

A força que o movimento adquiriu era tamanha que o então presidente Arthur Bernardes acatou a sugestão que já ventilava em várias partes do mundo de reservar o dia de maio como Dia do Trabalho no Brasil. Dessa forma, desde esse ano, o dia 1º de maio passou a ser feriado nacional. E mesmo com todas as conquistas alcançadas ao longo dos anos, os trabalhadores continuam lutando por seus direitos e pelo fim da precariedade no mercado de trabalho.

 

Interessante que nunca se cogitou colocar um dia de comemoração para o empresário brasileiro. Afinal é ele o responsável pela geração de empregos dos milhares de trabalhadores que comemoram o seu dia hoje. Isso sem contar com a alta carga tributária que recai  sobre o empresário, que é revertido (ou pelo deveria ser) em benefícios para a população, mas que também contribui, junto com todos brasileiros, para pagar benesses do setor público, como salários estratosféricos, e auxílios de toda espécie.

 

Colaboradores do setor privado sabem que tem que fazer jus ao salário que ganha, fazendo o trabalho ao qual foi contratado da melhor forma possível, onde a união de forças levam a empresa a conseguir bons resultados. Sabem que se não for assim, correm o risco de perder aquilo que lhe traz o sustento da família , e de não conseguir nova colocação.

 

No setor público também temos colaboradores que recebem seu salário, que são pagos pela população através dos impostos pagos. Gozam de alguns benefícios como por exemplo, estabilidade de emprego,  bons salários e com todos os direitos assegurados.Infelizmente o que temos visto em várias prefeituras espalhadas pelo Brasil, é uma insatisfação da maioria das pessoas, sobre  qualidade de bens e  serviços prestados pelo agente público, como mau atendimento, procrastinação, falta de infraestrutura básica, falta de capacitação  entre outras centenas de mazelas. 

 

E de quem é a culpa? Na maioria das vezes a resposta já vem pronta, é da nova administração, do secretário e coisas do tipo. Mas aqui cabe indagar quem tem a prerrogativa de conhecer os caminhos, rotinas e processos de um departamento público? É aquele secretário que entrou com a nova administração e tem prazo para sair? Ou aqueles que estão lá há anos e deveriam saber pelo menos o básico para a máquina pública funcionar a contento ?

 

È hora da sociedade amadurecer neste sentido, cobrar de gestores e colaboradores públicos que se tenha rotinas bem definidas dentro da legalidade e com bastante transparência para que possamos de forma clara avaliar se o serviço ou servidor está a altura dos salários e benefícios que ganham, ou ainda se é saudável mantê-lo, já que não responde a expectativas do setor ao qual foi designado ou mesmo tenha passado em concurso. As cidades não param,  e a cada dia, demandam por serviços mais eficientes, com agentes públicos que os cumpram com excelência e zelo.  È hora de libertar-se de velhos conceitos, porque afinal não tem como esperar algo diferente, fazendo sempre o mesmo.

 


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