A busca pela zona de conforto é algo biologicamente enraizado no ser humano. É uma tendência comum nossa procurar ambientes seguros, previsíveis e confortáveis. No entanto, no contexto organizacional, esse comportamento pode ser sinônimo de estagnação e ineficiência. No mundo corporativo, manter-se nesse estado de familiaridade, onde não se exige mais do que o rotineiro, pode ser prejudicial para o desenvolvimento de qualquer setor ou empresa.
Isso se torna especialmente problemático em ambientes onde a inovação é essencial para a competitividade. Infelizmente, é comum ver departamentos inteiros paralisados em práticas antiquadas, muitas vezes por conta da resistência à mudança. Não são raras às vezes em que essas práticas obsoletas se perpetuam por conta de uma mentalidade de ‘sempre fizemos assim’, impedindo que novas e melhores soluções sejam adotadas.
No entanto, a introdução de novas pessoas no ambiente organizacional, (cargos de confiança que não exigem concurso público, por exemplo) pode ser exatamente o que traz os insights necessários para romper com essa inercia. Embora essas posições sejam muitas vezes vistas sob a lente da conveniência ou afiliação pessoal, são precisamente essas pessoas, que chegam com um olhar fresco e com liberdade para questionar, que frequentemente introduzem as mudanças mais necessárias e inovadoras.
Para que uma organização realmente evolua, é crucial que os novos integrantes tenham não apenas a capacidade técnica, mas também a autonomia e incentivo para questionar o status quo. Sem essa abertura, as novas ideias simplesmente não florescem, e resíduos da mesmice persistem.
Criar ambientes onde a inovação é valorizada e realmente incentivada significa oferecer não apenas o espaço, mas também os recursos e a liberdade para que novas ideias possam superar as barreiras do tradicionalismo. Em última análise, sair da zona de conforto significa submeter-se a um exame rigoroso de nossas práticas e, muitas vezes, aceitar que precisamos renovar para não ficarmos para trás.