Adiada mais uma vez

Editorial
Guaíra, 3 de julho de 2016 - 08h03

Para quem sofre com os males que o câncer traz para a saúde e para aqueles que viam na “substância fosfoetanolamina” uma esperança da cura, essa expectativa teve que ser adiada mais uma vez.

Acontece que esta substância, chamada de “Pílula do Câncer”, não tem padrão de análise, ela é inovadora. E por não ter parâmetro de comparação, para a sua liberação, tem-se exigido uma série de experimentos novos para o seu entendimento analítico.

Assim, não é a Fundação para o Remédio Popular (Furp) que está atrasando a liberação do remédio, mas a empresa que analisa a substância. O produto está pronto desde 2 de maio aguardando essas análises para atender às normas da Anvisa para medicamentos a serem usados para estudo clínico.

Tudo isso faz parte do processo natural e regulamentar.

O pó foi produzido e entregue à Furp, mas o laboratório não repassou à secretaria as informações necessárias para o encapsulamento, como as concentrações da substância no produto em pó e a quantidade de fosfoetanolamina que cada cápsula deve conter, entre outras especificações.

Alguns cientistas alegam que o pó da fosfoetanolamina não tem nenhuma ação cientificamente provada contra o câncer. No entanto, alguns psicólogos pensam que mesmo que se saiba que não há provas da cura do câncer para quem já fez uso das pílulas, ela – a fosfoetanolamina – pode agir na esperança e psicologicamente afetar a vontade de viver do doente.

Neste interim, muitos médicos atestam que – ao ingerir a pílula – o doente está ingerindo também a expectativa de cura.


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