Arrecadação com repatriação

Editorial
Guaíra, 23 de outubro de 2016 - 09h40

Enquanto no Facebook se discute se o tratamento dado a Cunha é igual ou não a de outros presos da Lava Jato – coisa que eu ainda acho que é brincadeira de mal gosto – o congresso vai devagarinho aprovando a maior lavagem de dinheiro da história.

Cunha de repente passou a ser coisa miúda.

Proposto ainda por Dilma na sua tentativa de cobrir seus rombos, a lei proposta no congresso permite que quem tiver dinheiro fora do país ilegalmente, possa legalizar isso tudo. Basta pagar uma taxa pro governo.

É bem simples. O dinheiro tá lá, escondido na Suíça. Quer ficar de bem com Sérgio Moro? Basta pagar 30% para o governo. Ganha cartinha de bom moço e pronto.

Considerando as estimativas do governo de arrecadar nessa brincadeira, todo o dinheiro lavado na cara de todo mundo bate os 250 bilhões de reais.

Veja bem, BILHÕES. Praticamente o dobro do buraco deixado por Dilma no orçamento em 2015 e que faliu o país.

A proposta de Dilma – e levada a cabo pelo PMDB – direciona boa parte desse dinheiro para socorrer os Estados. Isso fez com que os governadores de todo o Brasil lutasse com unhas e dentes de todas as formas possíveis pela aprovação da lei.

Bom para o governo, bom para os Estados, bom para o país, que respira um pouco mais aliviado da crise. Bom para a inflação, que cai pela entrada de dólares. Bom para o mercado, bom para a população.

Só não é bom para a ética, para quem tenta ensinar para os filhos que o crime não compensa.

Mas em um país que há muito tempo a ética é relativa, nada muito fora da curva.


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