Dizem por aí que “dinheiro que vem fácil, vai fácil”. Isto pode se aplicar ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, que recebia dinheiro de modo simples, que podia bancar até a ex-cunhada e a ex-sogra.
Tem servidor público, no Rio, sendo despejado, outros tendo as contas de água e energia elétrica cortadas, tudo por falta de pagamento enquanto o governador do seu Estado “nadava em dinheiro”.
Eram tantos os desmandos que a ex-sogra e a ex-cunhada de Cabral também aparecem na planilha como receptadoras dos recursos. O documento tem referências a Ângela Neves e Nina Neves, ao lado dos bancos nos quais têm conta, com anotações de depósitos mensais de R$ 7.500 para cada uma. Somadas todas as vezes em que os seus nomes são citados, elas teriam recebido R$ 37,5 mil do esquema, entre 2014 e 2015.
Em delação premiada, os irmãos Marcelo e Renato Chebar revelaram que uma das anotações codificadas refere-se a despesa de R$ 1.500 para o tratamento psicológico da “mulher ou sogra” de Cabral. Também é listado o pagamento mensal de R$ 3.250 para aulas de equitação para um dos filhos do ex-governador, na Sociedade Hípica.
Os irmãos Chebar são doleiros responsáveis por enviar para o exterior milhões de dólares em recursos obtidos por meio de corrupção. Os colaboradores detalharam gastos prosaicos do ex-governador, de custos médicos a recolhimento de impostos – tudo bancado com dinheiro sujo.
O Ministério Público Federal conseguiu decodificar parte de uma planilha de despesas Sérgio Cabral Filho (PMDB) pagas pelo suposto esquema de corrupção que o peemedebista teria chefiado durante seu governo, apreendida pela Polícia Federal na Operação Eficiência.