Com esta simples frase: “Boa sorte para ele, não tenho opinião para dar”, o Juiz Sergio Moro resumiu o que pensa ao ser informado, em Nova Iorque, sobre a nomeação de Alexandre de Moraes, que deverá ocupar a vaga de Teori no STF.
Nem precisava dizer mais!
Mas, isso não foi tudo que Temer “armou”. Ao nomear Moreira Franco, o que o presidente fez foi abrir mais um precedente porque agora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) corrija o “possível erro histórico” da decisão que suspendeu sua nomeação para ministro da Casa Civil, em março de 2016. Na época, ele foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff, mas o ministro Gilmar Mendes, do STF, invalidou a nomeação. Uma revisão no caso pode ter reflexos nas ações que discutem a nomeação de Moreira Franco para o ministério.
Os advogados destacam que, na época, Lula preenchia todos requisitos para ser ministro, “além de estar em pleno exercício de seus direitos políticos, pois não havia incidente em qualquer das hipóteses previstas no art. 15 da Carta da República. O Peticionário (Lula) ademais, sequer era indiciado, denunciado ou mesmo réu em ação penal”.
Com a nomeação, os processos contra Lula deveriam sair de Moro e passar para o STF. Em sua decisão, Gilmar considerou que Dilma cometeu “desvio de finalidade” e “fraude à Constituição” ao nomear o ex-presidente para o cargo. Segundo ele, o propósito foi claro no sentido de conferir foro especial a Luís Inácio e, com isso, atrasar as investigações contra ele.
Temer fez a mesma coisa com Moreira Franco, que foi citado 34 vezes nas delações da Lava-Jato.
Aí não tem jeito: é o sujo sendo comparado ao mal lavado!