Segundo o dicionário “capial” é aquela pessoa que mora no campo, na roça, que tem uma vida simples; caipira. O problema é quando este termo vem carregado de um tom pejorativo, acompanhado de ignorante e chucro.
Como rotular o interior paulista com palavras tão pejorativas como fez um presidenciável em uma entrevista na televisão recentemente. Talvez seja porque essas pessoas não comungam da mesma cartilha que o candidato, não participam da mesma bolha que ele.
Esta turminha a qual ele(candidato) chamou de capial, é em grande número, responsável pelo alimento que chega aos grandes centros. Trabalham muito para que isso aconteça, aplicam tecnologia de ponta, de dar inveja a países de primeiro mundo. São pessoas simples sim, mas não se importam de colocar para trabalhar na terra maquinários que chegam a custar até 2 milhões de reais, para produzir mais, para alimentar mais. Não ostentam hotéis de luxo e vinhos caros, porque dão valor àquilo que ganham com muito suor, ao contrário daqueles que esbanjam um dinheiro que vem fácil.
Engana-se o candidato que acha que o interior paulista seja um reduto de chucros e ignorantes, muito pelo contrário é lugar de pessoa de bem, que mantém valores, como a família , o trabalho, a honestidade, mas que não leva desaforo para casa ainda mais de quem desconhece este modo de vida.
Por aqui aprendemos logo cedo a não cair no conto da sereia, aqueles que acham que falam bonito. Aprendemos com nossos pais e avós a reconhecer aqueles que por fora bela viola, por dentro pão bolorento ou coisa pior.