Certo ou Justo?

Às vezes, o que é certo não é justo. E o que é justo nem sempre é certo.

Essa frase resume bem a vida, em que há momentos em que precisamos fazer escolhas difíceis, baseadas na nossa consciência e nos nossos valores. Nem sempre as coisas saem como planejamos e às vezes somos obrigados a tomar decisões ruins, mas seguir os nossos princípios é o que nos torna verdadeiramente humanos.

A adolecente matricida, que talvez fique presa no máximo três anos de medida socioeducativa, com direito a psicólogos, dentistas, professores, educadores, vigias, comida, roupa, recreação. Tudo estritamente correto de acordo com a lei. Porém injusto com a vítima, com seus familiares e amigos.

A liberdade concedida a marginais perigosos, correta do ponto de vista legal mas  injusta com toda a sociedade, que passa a viver o terror, o medo, quando não sofre diretamente as consequências da decisão, pois quase que imediatamente os mesmos voltam ao crime, roubando, matando, violentando. 

Os exemplos são muitos. Mas será que há um ponto de equilíbrio entre o correto e o que é justo? Claro que sim, e este não é encontrado nas tintas da lei,não está escrito, e muito menos existe manual informando onde deve ser encontrado. O ponto onde se encontram o correto e o justo é o bom senso, que nada mais é do que fazer a coisa certa, tendo por base uma análise fria e não emocional. 

Claro,sempre haverá alguém querendo ditar o que é certo ou errado. Mas, na maioria das vezes, isso não coincide com aquilo que é justo,pois cabe a cada um de nós descobrir onde está o nosso ponto de equilíbrio e agir de acordo com ele.

E no encontro entre o justo e o correto, se examinado com uma lupa, veremos que ali não existe cinismo, vaidade, carreirismo, ganância, oportunismo. Mas sim uma maior clareza, de que passam longe, do que é correto e justo, ardentes defesas de teorias jurídicas, aparentemente perfeitas sob a ótica legal, porém ridículas sob o prisma da honestidade.