CONCORRÊNCIA DESLEAL QUE PREJUDICA O BRASIL

Editorial
Guaíra, 2 de agosto de 2023 - 11h27

O lançamento do Programa Remessa Conforme pelo governo brasileiro é uma decisão desastrosa que favorece as plataformas estrangeiras de comércio eletrônico em detrimento do varejo nacional. Ao permitir a isenção de imposto de importação em compras de até 50 dólares, o governo está contribuindo diretamente para a desindustrialização do país e para a perda de milhões de empregos.

Enquanto as empresas nacionais já enfrentam uma carga tributária sufocante, as gigantes estrangeiras como Shoppe, Schein e Ali Express se beneficiam dessa vantagem injusta. A concorrência desleal gerada por esse programa é inaceitável. Enquanto os produtos importados têm isenção de impostos, os produtos nacionais carregam uma carga tributária que chega a 40% do seu valor, sufocando a indústria e tornando-a incapaz de competir de forma justa.

O programa ignora os impactos negativos que causa na economia do país. Estimativas apontam que mais de R$ 21 bilhões já foram perdidos em apenas três meses devido à isenção de impostos nas importações. Essa medida irresponsável coloca em risco milhões de empregos no setor industrial e varejista brasileiro, agravando ainda mais a crise do desemprego no país.

A indústria nacional não está pedindo mais impostos sobre as importações, mas exige um ambiente competitivo justo. O governo precisa agir para garantir que as empresas nacionais possam competir em igualdade de condições com as empresas estrangeiras. A isenção de impostos concedida às importações estrangeiras é um golpe devastador para a economia brasileira, causando prejuízos irreparáveis que poderiam ser evitados.

É hora de repensar o Programa Remessa Conforme. O governo deve agir em defesa da indústria e do comércio nacionais, estabelecendo políticas que equilibrem a competição e garantam uma tributação justa para todos os envolvidos no mercado. O Brasil não pode se render a uma concorrência desleal que prejudica seus próprios cidadãos e destrói a economia. É hora de proteger a indústria nacional e os empregos do país, antes que seja tarde demais.


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